Recursos e respostas pessoais dos diferentes profissionais de saúde dos cuidados continuados para lidarem com a morte Conference Paper uri icon

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  • A evolução da ciência e das tecnologias fez o Homem acreditar que podia controlar todos os fenómenos, acreditando que podia ser imortal. “ A morte sempre foi o mais visível porto do périplo humano. Só que nos nossos dias cresce a ilusão ou a esperança de que ela possa ser controlada, adiada...ou vencida.”( Oliveira,2008,p.73 ). Esta forma de pensar está muito vincada nos profissionais de saúde, pois estes foram instruídos para lutarem pela vida a todo o custo, sendo a morte vista como um fracasso a nível profissional. Compreender como os profissionais de saúde vivenciam o processo de doença terminal e morte, bem como, conhecer que recursos pessoais são adotados para lidar com situações de fim de vida. Este estudo foi constituído por uma população de 293 profissionais de saúde que exercem a sua actividade laboral nas unidades de cuidados continuados da região de Trás-os-Montes e Alto Douro. O instrumento de recolha de dados utilizado foi o questionário constituído pelo Inventário de Recursos e Respostas Pessoais (BPS/IRRP) e por questões para caracterização sociodemográfica e profissional da população. Resultados: Analisando as escalas de recursos de coping a confiança no coping (78,9%) e os recursos espirituais/existenciais (75,5%) são as dimensões com os maiores scores, ao contrário do que se verifica na dimensão suporte social (32,7%).Existem diferenças estatisticamente significativas na ansiedade, na confiança no coping e no índice crítico agudo e crónico. Os inquiridos com licenciatura apresentam um score significativamente maior na ansiedade e no índice crítico agudo e crónico. Por outro lado os inquiridos com mestrado perfilam-se com um score de confiança no coping significativamente maior. Conclusões: O BPS/ IRRP é um instrumento fiável para avaliar as respostas pessoais da população em estudo. Neste estudo verificamos que os profissionais de saúde dos cuidados continuados da região de Trás-os-Montes e Alto Douro têm pouco apoio a nível social para lidarem com a morte, refugiando-se na espiritualidade. Desta forma seria bom criar espaços para debater e falar nas dificuldades sentidas perante a morte.

publication date

  • January 1, 2013