Competências de liderança em enfermeiros especialistas.
Conference Paper
Overview
Research
Additional Document Info
View All
Overview
abstract
Liderança existe e desenvolve-se em todos os patamares sociais, culturas e profissões embora de modos diferentes. Não inata nem exclusiva de determinados grupos. É, antes, o processo de influenciar e apoiar outras pessoas para que trabalhem com entusiasmo na obtenção de determinados objectivos. O ambiente de saúde é complexo e dinâmico, pelo que os enfermeiros têm de estar preparados para assumir novos papéis e desafios, de modo a participarem integralmente no planeamento, política e gestão da saúde. Os objectivos desta investigação foram avaliar o nível de frequência das práticas de liderança em Enfermeiros Especialistas e verificar se existem diferenças nas práticas de liderança dos Enfermeiros Especialistas em relação à idade e tempo de serviço. Foi seleccionada uma amostra não probabilística por conveniência constituída por 47 Enfermeiros que frequentavam uma especialização no ano lectivo 2009/2010. Para a recolha de dados recorreu-se ao SLPI, um instrumento desenvolvido por kouzes e Posner (2006), que inclui uma lista de 30 perguntas, seis para cada uma das competências de liderança (modelar caminho, desafiar o processo, inspirar visão partilhada, encorajar o coração, habilitar a agir). Para cada pergunta o Enfermeiro indicou a frequência com que foram usadas através de uma escala de Likert que varia de 1 a 5. Participaram nesta investigação 47 Enfermeiros. Destes 89.4% eram do género feminino e 10.6% eram do género masculino. Tinham em média 39.9 anos de idade (DP±5.3) e possuíam 11.9 anos de serviço (DP±4.9). Recorrendo ao cálculo das médias, para as cinco dimensões de liderança, verificou-se pela leitura dos resultados que a prática de liderança mais utilizada pelos enfermeiros foi “habilitar a agir” (Média=24.9; DP±3.1), seguindo-se, por frequência de utilização, as práticas “encorajar o coração” (Média=22.9; DP=3.4), “modelar o caminho” (Média=22; DP=3.1), “desafiar o processo” (Média=21.9; DP=3.2) e, por fim, “inspirar uma visão partilhada” (Média = 21.4; DP±3.7). Em todas as competências analisadas o nível das mesmas é moderado o que significa que em todas as práticas há aspectos a melhorar. Comparando os níveis das competências de liderança, tendo em conta a idade e o tempo de serviço, os resultados demonstraram que, independentemente da idade e do tempo de serviço, as competências são utilizadas pelos Enfermeiros com a mesma frequência. Os Enfermeiros Especialistas usam as competências de liderança com igual frequência, quer se trate de enfermeiros mais novos ou mais velhos, em idade, ou em tempo de serviço. Parece haver necessidade de aperfeiçoar estas características ao longo do desenvolvimento pessoal e profissional. Despender mais meios para assegurar que as pessoas da organização adiram aos seus princípios e padrões, valorizar a iniciativa individual, a criatividade e métodos de saber fazer e descrever aos outros o que deveriam ser capazes de atingir, são comportamentos a melhorar, contribuindo para o aperfeiçoamento das competências de liderança dos enfermeiros e consequentemente dos cuidados de saúde.