Estudo de caso segundo o modelo calgary de avaliação familiar!
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A família encerra em si uma multiplicidade de conceitos diferentes, fruto da cultura e sociedade onde se insere (Relvas, 2004; Figueiredo, 2012; Wright & Leahey, 2012). Incluindo em si todas as possibilidades de estruturas e funções que a família foi adotando ao longo do tempo. A família pode ser definida biológica e legalmente como uma rede social com laços e ideologias construídos. O Modelo Calgary de Avaliação e Intervenção Familiar (MCAIF) é composto por três dimensões (estrutural, desenvolvimental e funcional), proporcionando ao enfermeiro de família, uma avalizada reflexão sobre a tomada de decisão relativamente às intervenções. Objetivo. Avaliar e realizar intervenções numa família, em função dos diagnósticos identificados segundo o Modelo Calgary da Avaliação Familiar. Metodologia. Estudo de caso “investigação-ação”. Foram realizadas entrevistas em contexto domiciliário e na consulta de enfermagem e equipa multidisciplinar. Para subsidiar a pesquisa, na avaliação estrutural usamos, o Genograma, Ecomapa e Escala de Graffar, na dimensão desenvolvimental, o Ciclo de Vida Familiar de Duvall e na Funcionalidade, a Escala de APGAR Familiar e aplicação do Modelo Calgary de Avaliação Familiar (Wright & Leahey, 2008). Resultados. Trata-se de uma família nuclear, construída pelo pai e mãe e a filha alvo da nossa intervenção, família de classe media baixa, no estádio III - famílias com crianças em idade pré-escolar (Duvall III). Com moderada disfunção familiar, APGAR score 5. Pela avaliação, é uma família com graves problemas de comunicação, na gestão de conflitos, estilos de vida, coesão familiar, expressão de emoções e desenvolvimento infantil. Discussão. No sentido de promover o sucesso das intervenções, a equipa multidisciplinar envolveu a família nas intervenções como nos sugerem (Hanson, 2005; Figueiredo, 2012; Wright & Leahey, 2012). Foram realizadas intervenções nos domínios problemáticos, centradas na capacitação da família e na mobilização de recursos na comunidade. Ao longo do acompanhamento existiu sempre um feedback entre as equipas: de saúde escolar e de saúde. O foco de atenção dos profissionais de saúde foi a melhoria dos aspetos comprometidos na família e pessoa índice (Hanson, 2005; Figueiredo, 2012; Carvalho, 2012; Wright & Leahey, 2012), pois a relação familiar é em geral “beliscada” quando a comunicação familiar está comprometida. Conclusões. Mercê dos diagnósticos, segundo MCAIF, intervimos procurando envolver a família tendo em conta os seus valores e crenças. As intervenções de enfermagem e da equipa multidisciplinar assentaram na resolução ou minimização dos problemas identificados ao nível da comunicação e (re)socialização familiar, facilitando e encorajando a gestão de conflitos e coesão familiar, providenciando mecanismos facilitadores da expressão de emoções e desenvolvimento infantil. A aplicação do modelo permitiu realizar a analise familiar levantando os principais aspetos da sua estrutura, desenvolvimento e funcionamento. O enfermeiro de família, pode através da precocidade dos diagnósticos, potenciar a promoção, a autonomia e os ganhos em saúde que melhorem e qualidade de vida e funcionamento familiar.