Úlceras de pressão na face em doentes submetidos a ventilação não invasiva
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Resumo
A úlcera da face é uma das complicações mais frequentes associada à prática de
ventilação não invasiva (VNI). Os objetivos foram analisar o desenvolvimento de úlceras
de pressão faciais e os fatores associados em doentes submetidos a VNI, numa
unidade de cuidados intermédios do norte de Portugal. A metodologia baseou-se num
estudo transversal analítico retrospetivo, onde se analisaram dados de 600 doentes,
internados numa Unidade de Cuidados Intermédios de Urgência num Centro Hospitalar
do Norte de Portugal, admitidos no segundo semestre de 2018 e no primeiro semestre
de 2019, dos quais 160 foram submetidos a VNI. Os resultados demonstraram que a
frequência de úlcera de pressão facial foi de 2,5%, destas, 50% eram de grau I na face e
50% de grau II no dorso do nariz; o tempo de aparecimento médio de desenvolvimento
de úlcera da face foi de 3,87 dias. Predominaram os doentes com idades superiores a
65 anos submetidos a VNI, com uma média de 68 anos. Os doentes submetidos a um
maior número de dias de VNI e maior número de dias de internamento apresentaram
frequência superior de desenvolvimento de úlceras de pressão faciais. Como conclusão,
o número de dias com VNI e o número de dias de internamento aumentam a frequência
de úlceras por pressão. Como não é possível prever os dias de internamento devido às
várias complicações que os doentes apresentam, sugere-se a interrupção dos períodos
de utilização do VNI sempre que possível para aliviar as zonas de pressão, diminuindo o
número de horas contínuas e consequentes dias submetidos a VNI.