Determinantes socioeconómicas do stress do casal em familias de crianças com necessidades especiais
Conference Paper
Overview
Research
Additional Document Info
View All
Overview
abstract
A literatura relata que os casais de famílias de crianças com necessidades especiais (CNE) estão em maior risco de stress em comparação com as outras famílias. As fontes de stress do casal estão normalmente associadas à agressão psicológica e física, aos problemas de comunicação, à insatisfação e dissolução da relação. A presente investigação teve como objetivo identificar os determinantes socioeconómicos do stress do casal em famílias de CNE em Portugal
METODOS:
Para avaliar o stress do casal foi utilizado o Questionário de Stress Multidimensional para Casais (MSF-P) constituído por 4 itens. O score de stress do casal, que resultou da média do somatório de todos os itens foi, posteriormente, classificado em “sem stress: 1,0 a 2,49”, “stress fraco:2,5 a 3,49”, stress moderado: 3,50 a 4,49” e “stress forte: 4,5 a 5,0. Os fatores que influenciaram o stress do casal foram determinados usando o modelo de regressão logística multinominal com base numa amostra não probabilística constituída por 274 indivíduos
RESULTADOS:
Os inquiridos tinham idades compreendidas entre os 22 e 66 anos. A maioria era do género feminino (65%), residia no distrito de Bragança ou Porto, (73,4%), tinha até 12 anos de escolaridade (56,2%), era casado(a) (61,3%) e tinha uma ocupação profissional a tempo inteiro (71,9%). Uma parte significativa trabalhava menos de 40 horas por semana (46,4%) e dispunha de um rendimento mensal inferior a 1200 euros/mês (46,7%). O nível de stress do casal registou os seguintes valores: sem stress (13,1%), stress fraco (26,3%), stress moderado (36,9%) e stress agudo (23,7%). Os resultados da regressão logística multinominal, nomeadamente, do Chi-square (χ2=168,177; p-value = 0,000), indicam que a diferença entre valores iniciais e finais é significativa indicando que existe uma relação entre o stress do casal (variável dependente) e as variáveis socioeconómicas. Tendo em conta o valor de R2Nalgerkerke, pode concluir-se que a relação é moderada. Foram identificados como determinantes sociodemográficas do stress do casal, o estado civil (p-value=0,000), o número de horas de trabalho semanal (p-value=0,005) e o nível de rendimento do agregado familiar (p-value=0,026). Estas características sociodemográficas explicavam em 49,3% o stress do casal em famílias de CNE
CONCLUSIONES:
O conhecimento das determinantes sociodemográficas do stress do casal em famílias de CNE é fundamental para o desenvolvimento de estratégias mais direcionadas e eficazes que promovam resultados positivos, em termos de bem-estar da família, das crianças e da relação do casal
Antecedentes/Objetivos A literatura relata que os casais de famílias de crianças com necessidades especiais (CNE) estão em maior risco de stress em comparação com as outras famílias. As fontes de stress do casal estão normalmente associadas à agressão psicológica e física, aos problemas de comunicação, à insatisfação e dissolução da relação. A presente investigação teve como objetivo identificar os determinantes socioeconómicos do stress do casal em famílias de CNE em Portugal
Métodos Para avaliar o stress do casal foi utilizado o Questionário de Stress Multidimensional para Casais (MSF-P) constituído por 4 itens. O score de stress do casal, que resultou da média do somatório de todos os itens foi, posteriormente, classificado em sem stress: 1,0 a 2,49 , stress fraco:2,5 a 3,49 , stress moderado: 3,50 a 4,49 e stress forte: 4,5 a 5,0. Os fatores que influenciaram o stress do casal foram determinados usando o modelo de regressão logística multinominal com base numa amostra não probabilística constituída por 274 indivíduos
Resultados Os inquiridos tinham idades compreendidas entre os 22 e 66 anos. A maioria era do género feminino (65%), residia no distrito de Bragança ou Porto, (73,4%), tinha até 12 anos de escolaridade (56,2%), era casado(a) (61,3%) e tinha uma ocupação profissional a tempo inteiro (71,9%). Uma parte significativa trabalhava menos de 40 horas por semana (46,4%) e dispunha de um rendimento mensal inferior a 1200 euros/mês (46,7%). O nível de stress do casal registou os seguintes valores: sem stress (13,1%), stress fraco (26,3%), stress moderado (36,9%) e stress agudo (23,7%). Os resultados da regressão logística multinominal, nomeadamente, do Chi-square (χ2=168,177; p-value = 0,000), indicam que a diferença entre valores iniciais e finais é significativa indicando que existe uma relação entre o stress do casal (variável dependente) e as variáveis socioeconómicas. Tendo em conta o valor de R2Nalgerkerke, pode concluir-se que a relação é moderada. Foram identificados como determinantes sociodemográficas do stress do casal, o estado civil (p-value=0,000), o número de horas de trabalho semanal (p-value=0,005) e o nível de rendimento do agregado familiar (p-value=0,026). Estas características sociodemográficas explicavam em 49,3% o stress do casal em famílias de CNE
Conclusões/ Recomendações O conhecimento das determinantes sociodemográficas do stress do casal em famílias de CNE é fundamental para o desenvolvimento de estratégias mais direcionadas e eficazes que promovam resultados positivos, em termos de bem-estar da família, das crianças e da relação do casal
Projeto Erasmus+ BUILDING BRIDGES: PROMOTING SOCIAL INCLUSION AND WELLBEING FOR FAMILIES OF CHILDREN WITH SPECIAL NEEDS (PSI-WEL) - KA2 - Cooperation for Innovation and the Exchange of Good Practices Strategic
Partnerships for adult education - Form hash code: D54537E3B63E4B91; Project No. 006971 (UID/SOC/04011)].