A pessoa portadora de diabetes mellitus: algumas complicações!
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A Diabetes Mellitus (DM) constitui, um grave problema de saúde publica, estima-se que 382 milhões de pessoas em todo o mundo sofram desta patologia. É hoje considerada uma das principais causas de mortalidade e morbilidade, ocupando o quarto lugar como principal causa de morte na europa (DGS, 2017). Em média, mata entre dez a doze portugueses por dia, o crescente número de casos está maioritariamente relacionado com estilos de vida sedentários e do envelhecimento populacional (WHO, 2017). Este estudo pretende caraterizar a pessoa com DM numa Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados. Abordagem quantitativa, estudo descritivo e transversal. A amostra é constituída por 269 portadores de DM. No que respeita ao sexo, 50,19% são homens e 49,81% são mulheres, em dissonância com o Observatório Nacional Diabetes (2015), que apresenta 15,9% de homens e 10,9% de mulheres. A faixa etária mais representativa é dos 60-79 anos, que apresenta 55,76% do total. Relativamente à DM são 89,59% de tipo 2 e 10,41% de tipo 1. A DM tipo 2 é a mais prevalente em grande parte resultado de estilos de vida, excesso de peso, alimentação e sedentarismo (WHO, 2017). Relativamente ao IMC da população estudada, 39,03% apresentam valores superiores a 30 e, 40,15% apresentam valores entre >25 e <29,9. Do total das pessoas portadoras de DM tipo 2,71% têm valores de Índice Massa Corporal (IMC) acima do valor ideal. Da população em estudo, 76,58% é hipertensa, o que está em linha com os 80% encontrados por Gomes (2011). Nas complicações e, no que respeita ao risco do pé́ diabético, 91,82% apresentam risco baixo e 0,37% risco médio. Neves (2014) encontrou 7,1% dos inquiridos com complicação de pé́ diabético. A retinopatia está presente em 2,97% da população, os estudos relativamente a esta variável situam-se entre os 0% (Salvado, 2012) e 29,9% de (Neves, 2014). A população estudada apresenta maioritariamente DM tipo 2. Identificados fatores de risco associados à DM, o IMC e a hipertensão. Como complicações realça-se o risco de pé diabético e a retinopatia. Estas conclusões realçam a importância do controlo destes fatores, com especial intervenção nos Cuidados de Saúde Primários.