A ideia de vida ativa Chapter uri icon

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  • O conceito de envelhecimento ativo é recorrente no meio académico e técnico e na sociedade em geral. Todavia, salvo melhor opinião, ainda carece de melhor sustentação empírica e teórica. Frequentemente surge acompanhado, ou substituído, por conceitos como envelhecimento saudável, envelhecimento, envelhecimento positivo, envelhecimento com êxito, envelhecimento produtivo, qualidade de vida do idoso, entre outros, dando origem a inúmeras sobreposições de ideias e também confusões. A problemática do envelhecimento ativo foi inaugurada pela definição avançada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2002, em que se pode ler: “o envelhecimento ativo é o processo de otimização das oportunidades para a saúde, participação e segurança tendo em vista o incremento da qualidade de vida das pessoas idosas” (OMS, 2002). Esta definição é lapidar, mas, se tomada em consideração apenas nos seus exatos termos, é vaga e conducente a equívocos ao nível das práticas. O texto da OMS acrescenta todavia detalhes importantes que devem ser considerados, designadamente a ideia de que “o envelhecimento ativo deve potenciar o bem-estar físico, social e mental das pessoas ao longo de todo o ciclo de vida, assim como a sua participação na sociedade de acordo com as suas necessidades, desejos e capacidades, enquanto lhes são providenciados proteção, segurança e cuidados adequados”. O mesmo texto define também as determinantes do envelhecimento ativo designadamente: cultura e género (que considera determinantes transversais); determinantes sociais e económicos; determinantes do ambiente físico e do acesso à saúde e serviços sociais; e, ainda, determinantes comportamentais e individuais. Nestes termos, o envelhecimento ativo é suscetível de ser relacionado com o conceito de inclusão social e com o conceito de saúde, os quais estão, por sua vez, intimamente relacionados.

publication date

  • 2012