Refletir sobre... Violência doméstica
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A análise da violência familiar torna-se cada vez mais premente. A sua relevância é comprovada com o cada vez maior número de vítimas de violência doméstica, tal como os dados estatísticos governamentais a nível nacional e mundial o demonstram.
Compreender o fenómeno de violência doméstica. Analisar a incidência de episódios de violência doméstica.
Foi realizado estudo de revisão bibliográfica sobre a violência doméstica, durante o período de Outubro de 2011 a Janeiro de 2012. As palavras-chaves utilizadas na procura bibliográfica pesquisa foram: violência doméstica, empowerment, reações, dependência. Foram selecionados 21 textos dentre os quais: artigos, textos, teses e dissertações divulgadas entre 1994 a 2011. Foram analisados resultados de quatro estudos de investigação, com a amostra total de 11182 participantes.
Estudos demonstram que vítimas de violência doméstica experienciam: violência psicológica (30,5%, 36,8%), violência física (12,8%, 30%) violência sociocultural (4,6%,11%), violência sexual (2,6%,1,8%) e outros tipos (49,5%, 30%). DGS reporta que 50,7% dos casos de violência doméstica ocorrem em casa e que as reações das vítimas frequentemente é de “passividade” (33,3%), “desabafar com outra pessoa” (30,2%) ou “evitar a situação” (14,2%), sendo que apenas 6,7% “contacta a polícia”, 2,8% “advogados/tribunal” e 1,6% “serviços de saúde/apoio”. As reações a uma vivência continuada de violência doméstica apresentam uma forte relação com o desencadear de comportamentos de ingestão alcoólica (54,29%), suicídio (32.86%) e outros problemas psiquiátricos (31,42%), para p=0,006 (3) (7).
A consciencialização das potenciais vítimas de violência familiar sobre as reações, comportamentos e fatores que interferem na dinâmica familiar em que um dos seus membros é vitimador, permitirá tomadas de decisão
no sentido da autonomia e aquisição de competências, que funcionarão como ferramentas de gestão de vida.
Dados estatísticos indicam que existe um cada vez maior número de relatos de violência familiar, embora se saiba que o número conhecido é inferior à ocorrência real desses episódios. Nesta realidade, qualquer intervenção comunitária que vise o empowerment humano, contribui para a consciencialização das pessoas vítimas de
violência e sensibilização da sociedade geral; promovendo vivências familiares mais positivas e equilibradas.