Avaliação da disponibilidade de espaços verdes públicos no contexto urbano e a sua relação com a perceção dos residentes. Um estudo para a cidade de Bragança
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A relevância dos espaços verdes urbanos encontra-se suportada por uma grande quantidade de estudos, sendo hoje encarados como um requisito essencial na definição da cidade contemporânea. O presente estudo teve como objeto a cidade de Bragança (Portugal) e teve por objetivo a caracterização da oferta de espaços verdes públicos urbanos, com recurso a indicadores, complementada pela avaliação das atitudes e perceções dos residentes, com recurso a inquéritos. Da aplicação dos indicadores, após a definição de níveis diferenciados de análise e desagregada a informação por bairros, constatou-se que esta cidade apresenta uma oferta concentrada nas zonas centrais, com um défice de oferta nos bairros periféricos e de expansão da cidade. A leitura das perceções e atitudes dos residentes demonstra que, pese embora as limitações existentes, a maior parte dos inquiridos apresentavam um uso regular dos espaços verdes públicos, com atitudes diferenciadas, nas quais se destaca: uma preponderância na escolha dos espaços verdes de maior dimensão e na deslocação a pé e em distâncias compreendidas entre os 300 e os 1000 metros de distância. A leitura qualitativa dos espaços verdes é marcada por uma leitura positiva da oferta atual, no entanto, existiam diferenças estatisticamente significativas na perceção da qualidade dos bairros, na sua componente global e na qualidade dos seus espaços verdes, justificadas pelas características do contexto de residência dos inquiridos, como confirmado pela interpretação dos indicadores de análise da oferta de espaços verdes.