Caracterização das frações fenólica, polissacarídica e lipídica de cogumelos silvestres do Nordeste de Portugal
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FCT e FEDER, COMPETE/QREN/EU- Projeto PTDC/AGRALI/110062/2009, centros de investigação PEst-C/QUI/UI0686/2011 e PEst-OE/AGR/UI0690/2011,L. Barros (Compromisso para a Ciência 2008) e S.A. Heleno (BD/70304/2010).
O consumo de cogumelos tem vindo a aumentar consideravelmente pelas suas propriedades
nutricionais (1) e medicinais (2) relacionadas com a presença de moléculas bioactivas que podem
ser encontradas nas frações fenólica, polissacarídica e lipídica. Essas moléculas podem também
ser encontradas em espécies não comestíveis e devidamente isoladas para utilização posterior.
Neste trabalho, estudou-se a composição em compostos bioativos e a atividade antioxidante das
frações mencionadas relativas a cinco espécies de cogumelos silvestres (Coprinopsis
atramentaria, Lactarius bertillonii, Lactarius vellereus, Rhodotus palmatus e Xerocomus
chrysenteron) (3). Os ácidos protocatéquico, p-hidroxibenzóico, p-cumárico e cinâmico foram
identificados na fração fenólica. Os açúcares ramnose, xilose, fucose, arabinose, frutose, glucose,
manose, manitol, sacarose, maltose e trealose foram identificados após hidrólise da fração
polissacarídica. Na fracção lipídica, os ácidos linoleico e esteárico (apenas nas espécies do
género Lactarius), o β- e o γ-tocoferol foram os constituintes maioritários. As frações fenólicas de
C. atramentaria e X. chrysenteron foram as que revelaram maior potencial antioxidante, o que está
de acordo com a maior quantidade de fenóis totais presentes nestas duas amostras. No que
concerne às frações polissacarídicas, foi a de C. atramentaria que demonstrou maior atividade
antioxidante, o que também está de acordo com a maior quantidade de polissacáridos totais e
açúcares obtidos após hidrólise, presentes nesta amostra.