Objetivo: Identificar retrospetivamente, em pessoas submetidas a artroplastia total do ombro por fraturas do úmero proximal, o tipo de artroplastia utilizado, os scores funcionais do ombro, as complicações registadas, a influência do tempo decorrido desde a fratura e a colocação do implante no resultado funcional final.
Método: Estudo retrospetivo entre os anos 2014 e 2017. Foram identificadas as seguintes variáveis: idade, sexo, tempo entre a fratura e a cirurgia, tipo de artroplastia, cimentação, modularidade, reabilitação, complicações, tempo de seguimento e funcionalidade. Foram recolhidos dados dos instrumentos Constant Shoulder Score e American Shoulder and Elbow Surgeons Standardized Shoulder Assessment Form.
Resultados: Amostra constituída por 12 mulheres e 3 homens com idade média de 78 anos e um tempo médio entre a fratura e a cirurgia de 29,4 dias. A nível de funcionalidade observou-se que as pessoas com próteses inversas apresentaram melhores resultados em comparação com as submetidas a hemiartroplastia (53,2 vs. 41,1 e 68,5 vs. 44,6). O seguimento foi feito durante foi de 29,4 meses.
Conclusão: A escolha de prótese inversa parece ser a melhor opção de tratamento e que permite melhor funcionalidade. A modularidade protésica é importante.