Social work as a bureaucratic professional labour: an empirical analysis in non-profit organizations in northern Portugal | Serviço social em organizações não lucrativas: um estudo empírico quantitativo sobre o trabalho profissional burocrático em Portugal
In the last decade and a half, a new perspective on sociological analysis of
professional groups hás gradually emerged: professionalism and professionalization
are no longer analysed as opposed to bureaucracies. In a previous article, we
developed an analytical model in which we theorized a hybrid concept ofBureaucratic
Professional Work (BPW), based on a theoretical hypothesis of association between
various organizational forms (divisional bureaucracies, professional bureaucracies,
neo-bureaucracies and post-bureaucracies) and different types ofprofessional work m
social work. Structured interviews were conducted with 63 social work professionals
who work in 35 non-profit organizations of social services in northem Portugal.
We questioned how these professionals perceive their own work in relation to the
levei of contrai and centralization of decisions, the routine of procedures and the
predictability ofresults. We also study how social constraints, the tasks performed and
work in multidisciplinary teams vary according to the type of BPW. This allows us
to detail the modalities of the BPW and set out exploratory hypotheses for other
more extensive quantitative studies as well as complementary studies of a qualitative
nature.
Na última década e meia uma nova perspetiva de análise sociológica sobre os grupos profissionais tem progressivamente emergido: o profissionalismo e a profissionalização deixaram de ser analisados em oposição com as burocracias. Num artigo prévio desenvolvemos um modelo de análise em que teorizámos o conceito híbrido de trabalho profissional burocrático (TPB) com base numa hipótese teórica de associação entre formas organizacionais variadas (burocracias divisionárias, burocracias profissionais, neoburocracias e pós-burocracias) e diferentes tipos de serviço social profissionalizado. Os dados resultam de entrevistas estruturadas com 63 profissionais de trabalho social que trabalham em 35 organizações não lucrativas (ONL) de serviços sociais do norte de Portugal. Questionamos a forma como estes profissionais percecionam o seu próprio trabalho em relação ao nível de controlo e centralização de decisões, de rotinização de procedimentos e de previsibilidade de resultados. Também estudamos a forma como os constrangimentos sociais, as tarefas realizadas e a trabalho profissional em equipas multidisciplinares varia segundo o tipo de TPB. Isto permitiu entrar no detalhe e no pormenor das modalidades de existência do TPB e colocar hipóteses exploratórias para outros estudos quantitativos mais extensivos e para estudos complementares de natureza qualitativa.