Idosos agricultores em Trás-os-Montes: análise da resposta à florestação das terras agrícolas no Planalto Mirandês e na Terra Fria
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O envelhecimento da população é cada vez mais o pano de fundo das sociedades europeias e da portuguesa em particular.
Em meio rural este fenómeno tem ainda maior expressão, dado o carácter deprimido das atividades económicas aí existentes, conduzindo a que parte importante da população ativa se desloque para os centros urbanos. O meio rural é assim cada vez mais caracterizado por um tecido demográfico envelhecido. Na atividade agrícola igual tendência é identificada: em Trás-os-Montes, em particular, a par de uma diminuição das explorações agrícolas, os agricultores são proporcionalmente cada vez mais velhos, representando os indivíduos de mais 55 anos 2/3 do total, em 1999 (RGA, 1999).
A plantação de floresta configura uma ocupação do solo que poderá constituir-se como atividade com retorno apenas ao fim de muitos anos. Em Trás-os-Montes, as áreas de plantação florestal estão a aumentar, o que assume carácter paradoxal no contexto atrás descrito, de envelhecimento demográfico, ao qual se associa com frequência a ausência de sucessor na exploração agrícola.
Partindo da análise de projetos de florestação de terras agrícolas no Planalto Mirandês e na Terra Fria e verificando a importância das superfícies arborizadas por agricultores mais velhos, tentaremos uma explicação para esta aparente contradição.
A abordagem visará avaliar, num primeiro momento, os contributos monetários que a florestação acarreta e, em seguida, ponderar a importância deste contributo quando comparado com outras fontes de rendimento de indivíduos que florestaram.
Apontar-se-ão ainda outras linhas explicativas do fenómeno, que interessará explorar.
O envelhecimento da população é cada vez mais o pano de fundo das sociedades europeias e da portuguesa em particular.
Em meio rural este fenómeno tem ainda maior expressão, dado o carácter deprimido das atividades económicas aí existentes, conduzindo a que parte importante da população ativa se desloque para os centros urbanos. O meio rural é assim cada vez mais caracterizado por um tecido demográfico envelhecido. Na atividades agrícola igual tendência é identificada: em Trás-os-Montes, em particular, a par de uma diminuição das explorações agrícolas, os agricultores são proporcionalmente cada vez mais velhos, representando os indivíduos de mais 55 anos 2/3 do total, em 1999 (RGA, 1999).
A plantação de floresta configura uma ocupação do solo que poderá constituir-se como atividade com retorno apenas ao fim de muitos anos. Em Trás-os-Montes, as áreas de plantação florestal estão a aumentar, o que assume carácter paradoxal no contexto atrás descrito, de envelhecimento demográfico, ao qual se associa com frequência a ausência de sucessor na exploração agrícola.
Partindo da análise de projetos de florestação de terras agrícolas no Planalto Mirandês ena Terra Fria e verificando a importância das superfícies arborizadas por agricultores mais velhos, tentaremos uma explicação para esta aparente contradição.
A abordagem visará avaliar, num primeiro momento, os contributos monetários que a florestação acarreta e, em seguida, ponderar a importância deste contributo quando comparado com outras fontes de rendimento de indivíduos que florestaram.
Apontar-se-ão ainda outras linhas explicativas do fenómeno, que interessará explorar.