A presente comunicação tem por objetivo identificar aspetos que possam levar ao fenómeno de alienação dos jovens perante as iniciativas culturais locais para que, a partir desta reflexão, se possam traçar novas perspetivas de intervenção que permitam uma maior e melhor adesão destas populações à atividade cultural das regiões do interior em que se inserem. Este exercício toma como hipótese de trabalho algumas orientações metodológicas que poderão ter expressão potencial na persecução do objetivo traçado: a necessidade de realização de atividades culturais nas quais os jovens possam ser agentes ativos na produção dos eventos; a importância de integrar os jovens, operativamente, em agendas de programação cultural que balizem com elencos do panorama cultural nacional e internacional. Em conclusão, esta é uma perspetiva que pretende romper com a tão recalcada ideia de “fazer novos públicos”, enquanto necessidade única e premente da iniciativa cultural no interior do país, ao pretender colocar enfoque na necessidade de investimento em estratégias de apoio ao desenvolvimento de artísticas locais, bem como das formas de expressão que lhes estão afetas, como forma de alavancar o interesse/participação cultural dos mais jovens, para que se permita a oportunidade de criação de uma identidade cultural própria e futura nestes territórios, com todas as implicações culturais, sociais e económicas que se poderão vislumbrar a partir daqui.
