Hábitos e comportamentos tabágicos dos professores do IPB
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abstract
Na actualidade, o uso abusivo das substâncias psicoativas (SPA) constitui um dos mais importantes
problemas de saúde pública mundial, considerando-se a magnitude e a diversidade de aspectos
envolvidos [1]. O reconhecimento científico dos malefícios do consumo de tabaco, da poluição
tabágica ambiental e as propriedades aditivas da nicotina com repercussões na efectividade das
medidas de desabituação tabágica, têm estimulado o desenvolvimento e implementação de um
leque alargado de medidas, programas e políticas de controlo do consumo [2].
Este estudo de investigação tem como objectivos, determinar a prevalência do tabagismo na
população de docentes do IPB, conhecer os hábitos e comportamentos do consumidor de tabaco e
determinar os factores associados ao consumo do tabaco.
Para levar a cabo o estudo empírico recorreu-se ao método de investigação por questionário do
qual constam perguntas fechadas, administrado por correio electrónico ao universo dos
professores do IPB em Dezembro de 2008. A população de que é alvo este estudo é constituída por
377 professores de todas as escolas de ensino superior integradas no Instituto Politécnico de
Bragança, designadamente, a Escola Superior de saúde (ESSa), a Escola Superior Agrária (ESA), a
Escola Superior de educação (ESE), a Escola Superior de tecnologia e Gestão (ESTG) e a Escola
Superior Comunicação, Administração e Turismo (EsCAT).
Os dados recolhidos foram, posteriormente, tratados recorrendo a técnicas estatísticas como a
estatística descritiva e a análise bivariada.
Para o tratamento estatístico dos dados obtidos, foram utilizadas medidas descritivas para
caracterizar a amostra e foi aplicado o teste de correlação de Spearman para relacionar duas
variáveis ordinais. O programa informático usado foi o Statistical Package for the Social Sciences.
Segundo estudos realizados assiste-se a um aumento da prevalência de mulheres fumadoras,
especialmente entre as mais novas e as mais escolarizadas [3,4], salientando-se que embora
crescente, a proporção de mulheres portuguesas que fuma diariamente é inferior à média
europeia. Neste estudo a maior parte dos inquiridos pertencem ao sexo feminino e são fumadoras,
resultados que vem apoiar estudos anteriormente realizados.
Ao comparar a prevalência de fumadores nas diferentes classes etárias observa-se que os
consumos são mais elevados nos indivíduos entre os 34 e os 43 anos, com prevalência no sexo
feminino. A idade de início de consumo de tabaco é um importante determinante do consumo
regular5. Quando o consumo se inicia na infância ou nas fases mais precoces da adolescência é
mais provável que resulte num consumo regular e futuramente num risco acrescido de morte por doenças habitualmente relacionadas com o tabaco6 .Em Portugal tem vindo igualmente a diminuir
nas mulheres, sendo a variação menos acentuada nos homens. Neste estudo as mulheres revelam
uma tendência para começar a fumar mais cedo do que os homens. Um estudo realizado no ano de
2002 revelou uma prevalência de 30,3% de fumadores nos professores do sexo masculino e 24,3%
de fumadores nas professoras [7]. A curiosidade foi a razão mais frequentemente referida para o
consumo de tabaco (69.4%)). A escola foi o local referido como o mais frequentemente usado para
fumar, em ambos os sexos (33.3%).
Através da tabela 4 pode verificar-se que os factores positivamente relacionados com o consumo
do tabaco são, designadamente, o número de cigarros que fuma por dia (0.000), o individuo fumar
dentro do carro quando está sozinho (0.000), ter irmãos fumadores (0.002), fumar dentro de casa
de amigos e familiares (0.000), fumar para combater o stress (0.000), prazer em fumar (0.000), o
parceiro fumar (0.000), fumar dentro de casa mesmo quando não está sozinho (0.000), fumar à
frente dos filhos e de familiares (0.000), fumar para parecer mais adulto (0.000). O inquirido tem
consciência que fumar pode prejudicar outras pessoas e fazer mal à saúde, contudo não abdica
deste hábito.
Na actualidade, o uso abusivo das substâncias psicoativas (SPA) constitui um dos mais importantes problemas de saúde pública mundial, considerando-se a magnitude e a diversidade de aspectos envolvidos1.
O reconhecimento científico dos malefícios do consumo de tabaco, da poluição tabágica ambiental e as propriedades aditivas da nicotina com repercussões na efectividade das medidas de desabituação tabágica, têm estimulado o desenvolvimento e implementação de um leque alargado de medidas, programas e políticas de controlo do consumo2.
Este estudo de investigação tem como objectivos, determinar a prevalência do tabagismo na população de docentes do IPB, conhecer os hábitos e comportamentos do consumidor de tabaco e determinar os factores associados ao consumo do tabaco.
Para levar a cabo o estudo empírico recorreu-se ao método de investigação por questionário do qual constam perguntas fechadas, administrado por correio electrónico ao universo dos professores do IPB em Dezembro de 2008. A população de que é alvo
este estudo é constituída por 377 professores de todas as escolas de ensino superior integradas no Instituto Politécnico de Bragança, designadamente, a Escola Superior de saúde (ESSa), a Escola Superior Agrária (ESA), a Escola Superior de educação (ESE), a Escola Superior de tecnologia e Gestão (ESTG) e a Escola Superior Comunicação, Administração e Turismo (EsCAT).
Os dados recolhidos foram, posteriormente, tratados recorrendo a técnicas estatísticas como a estatística descritiva e a análise bivariada.
Para o tratamento estatístico dos dados obtidos, foram utilizadas medidas descritivas para caracterizar a amostra e foi aplicado o teste de correlação de Spearman para relacionar duas variáveis ordinais. O programa informático usado foi o Statistical Package for the Social Sciences.
Segundo estudos realizados assiste-se a um aumento da prevalência de mulheres fumadoras, especialmente entre as mais novas e as mais escolarizadas3,4, salientando-se que embora crescente, a proporção de mulheres portuguesas que fuma diariamente é inferior à média europeia.
Neste estudo a maior parte dos inquiridos pertencem ao sexo feminino e são fumadoras, resultados que vem apoiar estudos anteriormente realizados.
Ao comparar a prevalência de fumadores nas diferentes classes etárias observa-se que os consumos são mais elevados nos indivíduos entre os 34 e os 43 anos, com prevalência no sexo feminino. A idade de início de consumo de tabaco é um importante determinante do consumo regular5. Quando o consumo se inicia na infância ou nas fases mais precoces da adolescência é mais provável que resulte num consumo regular e futuramente num risco acrescido de morte por doenças habitualmente relacionadas com o tabaco6 .Em Portugal tem vindo igualmente a diminuir nas mulheres, sendo a variação menos acentuada nos homens. Neste estudo as mulheres revelam uma tendência para começar a fumar mais cedo do que os homens. Um estudo realizado no ano de 2002 revelou uma prevalência de 30,3% de fumadores nos professores do sexo masculino e 24,3% de fumadores nas professoras7. A curiosidade foi a razão mais frequentemente referida para o consumo de tabaco (69.4%)). A escola foi o local referido como o mais frequentemente usado para fumar, em ambos os sexos (33.3%).
Através da tabela 4 pode verificar-se que os factores positivamente relacionados com o consumo do tabaco são, designadamente, o número de cigarros que fuma por dia (0.000), o individuo fumar dentro do carro quando está sozinho (0.000), ter irmãos fumadores (0.002), fumar dentro de casa de amigos e familiares (0.000), fumar para combater o
stress (0.000), prazer em fumar (0.000), o parceiro fumar (0.000), fumar dentro de casa mesmo quando não está sozinho (0.000), fumar à frente dos filhos e de familiares (0.000), fumar para parecer mais adulto (0.000). O inquirido tem consciência que fumar pode prejudicar outras pessoas e fazer mal à saúde, contudo não abdica deste hábito.