Fertilização do amendoal tradicional
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O estabelecimento de um plano de fertilização para o amendoal é tecnicamente
difícil tal como acontece em outras fruteiras. As análises de solos fornecem
pouca informação devido ao elevado volume de solo explorado pelas raízes.
As análises foliares não permitem quantificar as quantidades de nutrientes a
aplicar, servindo para monitorizar o estado nutricional das árvores. Nas fruteiras
a quantidade de fertilizante a aplicar ajusta-se ao longo do tempo mantendo as
concentrações de nutrientes nas folhas dentro dos intervalos de suficiência.
Infelizmente na amendoeira os intervalos de suficiência têm valor limitado, uma
vez que foram estabelecidos a partir de informação de pomares intensivos,
revelando-se desadequados quando se pretendem aplicar em outras condições
de cultivo, em particular aos pomares de sequeiro. Contudo, apesar da reduzida
informação atualmente disponível sobre fertilização do amendoal, o setor tem
de avançar e laboratórios e técnicos têm de orientar os produtores.
Cultivada em condições de sequeiro, por hectare e por tonelada de amêndoa com casca, a amendoeira pode exportar 10a 20 kg de azoto, 3,5 a 6 kg de fósforo, 16a 18 kg de potássio, 1,5 a 2,5 kg de cálcio, 0,8 a 1,0 kg de magnésio e 25a 35 g de boro. Se for conhecida a capacidade do solo em fornecer estes nutrientes facilmente se chega a uma adubação de compromisso.
Outra questão relevante é a forma como os nutrientes são veiculados. Em pomares com fertirrega, a aplicação dos fertilizantes deverá estar baseada na água de rega sem prejuízo de que suplementos pontuais possam ser veiculados em aplicações foliares.
Em pomares de sequeiro, a aplicação dos fertilizantes deve ser feita ao solo, com suplemento eventual em aplicações foliares.A situação mais complexa é quando os pomares beneficiam de regadio mas não têm fertirrega, situação recorrente no interior norte do país. Nestes casos, para além da aplicação de fertilizantes ao solo, deve haver uma forte componente de fertilização foliar para as plantas poderem otimizar a disponibilidade de água.
Projeto EGIS - Estratégias para uma Gestão Integrada do Solo e da Agua em Espécies Produtoras de Frutos Secos