Intervenções de Enfermagem na Adesão ao Regime Terapêutico na Pessoa com Diabetes Mellitus Tipo 2
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A diabetes reporta-se a um grupo de perturbações metabólicas que se caracteriza pela presença de hiperglicemia, cuja prevalência tem aumentado a nível global, constituindo um grave problema de saúde pública, com elevada morbilidade e mortalidade, com implicações sobre os sistemas de saúde. A diabetes mellitus tipo 2 constitui o tipo de diabetes mais comum, podendo causar complicações agudas e crónicas. A prevalência das complicações crónicas é elevada, de que são exemplo a retinopatia, a nefropatia e a neuropatia, entre outras. A adesão ao regime terapêutico medicamentoso e não medicamentoso (alimentação saudável, atividade física, entre outros) torna-se relevante para retardar e evitar muitas das complicações. Constituem medidas de extrema importância a monitorização dessa adesão, e consecutivamente após diagnóstico, a implementação de intervenções de enfermagem que visem combater a não adesão, medidas integradas no âmbito de uma equipa multidisciplinar, podendo ser destinadas ao individuo/ família e comunidades. Relativamente às intervenções, destacam-se as ações de índole educativo, comportamental e motivacional, visando o incremento da autonomia no autocuidado, em domínios considerados relevantes para gestão eficaz da diabetes, tais como: a alimentação, a atividade física, a monitorização da glicemia, o cuidado com os pés e uso da medicação.
Com o envelhecimento atual, as doenças neurodegenerativas tornam-se um grande desafio à saúde pública e qualidade de vida dos doentes. O incremento da prevalência da Doença de Alzheimer (DA) acompanha a maior longevidade. A DA é uma patologia neurodegenerativa crónica, progressiva e irreversível, com perda sináptica, redução da força sináptica e neurodegeneração, resultante da destruição de neurónios colinérgicos, formação de placas amilóides (placas senis), compostas por peptídeo β amilóide (Aβ) e as tranças neurofibrilares, constituídas por aglomerados intracelulares de proteína tau hiperfosforilada. A manifestação inicial da doença carateriza-se pela perda progressiva da memória recente. Com a progressão da patologia, outras alterações vão ocorrer, tanto na memória como na cognição, destacando- se os défices de linguagem e das funções viso-espaciais. Estes sintomas habitualmente são também acompanhados por alterações comportamentais, que incluem agressividade, depressão e alucinações. Como fatores de risco, podem ser destacados a idade avançada e história familiar prévia. O diagnóstico da DA define- se por ser essencialmente clínico, obtido por meio da anamnese pormenorizada e avaliação neuropsicológica, sendo avaliados os domínios cognitivos do doente. Os estudos dos biomarcadores constituíram um avanço assinalável no estabelecimento do diagnóstico da DA, controlo sintomatológico e prevenção. O seu tratamento carateriza- se por ser multifatorial, composto por duas vertentes fundamentais: o primeiro farmacológico, e a outra dimensão ao nível do não farmacológico ou comportamental. As competências desenvolvidas pelos profissionais de enfermagem de planeamento, de identificação das intervenções adequadas bem como a sua implementação, são cruciais para promover a melhoria da qualidade de vida do doente portador da DA. Esses cuidados de enfermagem são multidisciplinares e exigem uma dimensão teórico-prático exímia, que incluem estimulação cognitiva, terapia de orientação para a realidade, intervenção social e ambiental, promoção da autonomia, gestão dos sinais/ sintomas, bem como todo o suporte providenciado aos cuidadores/família do doente com DA.