Perceção de stress ocupacional e engagement em enfermeiros portugueses e espanhóis
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Visão geral
resumo
Na atualidade, a profissão de enfermagem, pela sua essência, caracteriza-se por
enfrentar no seu dia-a-dia, desafios físicos e psicológicos, que a longo prazo podem
funcionar como agentes stressores relacionados com o contexto de trabalho, características
da organização e as constantes transformações na indústria da saúde.
Este estudo, aborda a temática do stress ocupacional e engagement em enfermeiros,
pretendendo avaliar o nível de stress e de engagement, numa amostra de enfermeiros
Portugueses e Espanhóis, assim como descrever os fatores geradores de stress
nestes profissionais.
Desenvolveu-se um estudo exploratório, comparativo, de índole quantitativo e
transversal. A amostra foi constituída por 867 enfermeiros, grande parte do género feminino,
com média de idades de 37 anos. Na sua maioria, trabalham em média 40 horas
por semana, assim como, exercem a profissão há pelo menos 10 anos. Na recolha de dados,
utilizou-se um questionário auto-preenchido, via on-line, relativo às características
demográficas e profissionais dos inquiridos e duas escalas: a Utrecht Work Engagement
Scale (UWES) e a Nursing Stress Scale.
Os resultados obtidos, mostram que os enfermeiros Portugueses experienciam
mais stress, ainda que a diferença, não seja estatisticamente significativa em relação ao
stress experienciado pelos enfermeiros Espanhóis. Contudo, existem diferenças estatisticamente
significativas entre Portugal e Espanha na “falta de apoio dos colegas” e
também no domínio psicológico, de forma global. Na avaliação do engagement, há diferenças
estatisticamente significativas nas três dimensões da escala UWES, com p-values
obtidos no teste t-Student inferiores a 5%, destacando-se os enfermeiros Espanhóis por
serem mais vigorosos, dedicados e absorvidos pelo trabalho