Efeito de leguminosas usadas como sideração em olival na biodisponibilidade do fósforo no solo Conference Paper uri icon

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  • Algumas espécies da família das leguminosas parecem ser particularmente eficientes a mobilizar o fósforo do solo, através da formação das proteoid roots, podendo desenvolver-se adequadamente em solos pobres em fósforo. Os tremoceiros e as ervilhacas parecem ser espécies com estas características. Neste trabalho apresentam-se resultados de duas experiências de campo em que se procurou observar o efeito das leguminosas usadas como sideração na biodisponibilidade do fósforo no solo recorrendo a uma técnica de incubação in situ. Os ensaios decorreram em dois olivais situados em Mirandela e em Vila Flor, sendo o segundo conduzido em modo biológico. Na experiência de Mirandela o delineamento experimental incluiu três cobertos vegetais: tremoço branco; uma mistura de leguminosas anuais pratenses; e vegetação natural. Na experiência de Vila Flor foram usados quatro tratamentos: tremoço branco; ervilhaca; uma mistura de leguminosas pratenses; e vegetação natural. A biodisponibilidade do fósforo no solo foi determinada através de dois métodos comuns de análises de terras, o método de Olsen e o método de Egner-Rhiem, a partir de amostras de terra fresca e incubada provenientes da incubação in situ. A técnica de incubação iniciou-se em Maio de 201 O, após a destruição dos cobertos, e terminou um ano depois em Maio de 2011. Apesar da elevada variabilidade experimental encontrada, foi possível detectar algum aumento da biodisponiblidade de fósforo no solo a seguir ao cultivo das leguminosas. O aumento de biodisponibilidade de P no solo pareceu, contudo, acompanhar o ritmo de mineralização dos resíduos, devendo-se eventualmente à mineralização de P contido na biomassa e menos ao efeito das leguminosas na rizosfera.

publication date

  • January 1, 2012