A dissertação de Mestrado aqui proposta evidência aspectos relativos do enquadramento do
design industrial com a procura de metalinguagens identificativas no cruzamento continuum de
saberes com outras áreas do conhecimento, e como estas são parte interveniente na
codificação actual da nova ‘paisagem doméstica’.
Nas metamorfoses e na fluidez ‘líquida’ desta sociedade em rede, dispersa entre lugares e
não-lugares, investigam-se as distâncias que justificam este alcance perceptível dum
nomadismo ‘habitativo’ por parte dos estudantes e dos professores, num enquadramento
localizável entre o centro e a periferia. Um território de difícil definição na procura de
identidades e de ‘espíritos’ emancipadores.
A procura de outros valores como forma de estruturar dentro do design tipologias concretas e
perceptíveis de alcance planeador, sustenta então este discurso: uma espécie de esqueleto
transformador de origens em caminhos interpretativos. Neste estudo procurou-se adequar
algumas ferramentas (tooling) que permitam um pensar do design na interpelação das relações
dum habitar edificante, seguindo uma lógica de equilíbrio do homem com o meio, por via duma
reutilização (reuse) de formas, materiais, serviços, textos, imagens e sons, num culminar de
uma experiência profícua, abrangente e interactiva.
Nesta perspectiva, Design e Engenharia determinam-se num enquadramento inicial mas
fundamental. ‘Engenhar’ pela reutilização, reutilizar pelo contínuo engenho que a criatividade e
a vida obrigam. Falam de ‘pedras’ e de ‘asas’ e das possíveis formas criminosas de estas se
relacionarem.