A consciencialização pública da economia circular: o caso da Resíduos do Nordeste, EIM
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O principal foco desencadeador do desequilíbrio ambiental advém do aumento da atividade humana e da constante procura de recursos naturais para atender às necessidades de consumo. Esta pressão nos recursos do planeta, torna necessária a busca pela redução do desperdício de materiais, pela reutilização de produtos e maiores ciclos de vida. O ecossistema natural tem assim mecanismos que lhe permitem gerar recursos a longo prazo e é com base neste sistema que surge a Economia Circular, como um processo de reciclagem, reutilização e reabsorção contínuo (Smol, 2018). Esta economia vem substituir a economia linear, permitindo prolongar o ciclo de vida dos materiais através de novos designs, a utilização de produtos remanufacturados, reciclagem, reutilização e reparação de materiais. Neste contexto, um dos objetivos centrais da União Europeia passa pela implementação desta economia mais sustentável e inovadora e que permita a redução do desperdício e o reaproveitamento (Fonseca, 2018). No entanto, entre muitos outros elementos, a transição para um modelo de economia circular pressupõe uma maior consciencialização da população sobre as suas escolhas, uma vez que estas afetam a produção/reutilização e reciclagem de resíduos urbanos. Sem uma constante sensibilização e informação dos hábitos amigos do ambiente, torna-se complexa a implementação destas medidas, uma vez que a sua execução tem início no foco do consumo – _a população (Smol, 2018). Assim, tendo por base o projeto “Educar para uma Economia Circular”, promovido pela Resíduos do Nordeste, E.I.M., e com o principal objetivo de avaliar a consciência pública e as atitudes sobre a economia circular das populações dos 13 municípios que integram esta empresa intermunicipal, foram aplicados inquéritos por questionário, aos participantes das ações (população e responsáveis técnicos municipais). Apesar dos questionários estarem em fase de aplicação é expectável que a população alvo das ações de sensibilização demonstre algum desconhecimento dos hábitos ecológicos a implementar, tornando-se imperativo o reforço de ações informativas e sensibilizadoras. Ainda assim, pretendemos contribuir não só para o reforço teórico do modelo de economia circular e da sensibilização e consciencialização de hábitos mais ecológicos e sustentáveis, como também para reforçar a implementação e o alargamento de ações de sensibilização da entidade, em particular, e da população, em geral. De facto, um dos elementos a ter em conta futuramente passa pela comparação entre o conhecimento sustentável das populações alvo de ações de consciencialização e sensibilização e a população que não participa em ações do género.