Flores e frutos imaturos de Crataegus monogyna revelam elevado potencial antioxidante.
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A espécie Crataegus monogyna, conhecida vulgarmente como espinheiro, escaramunheiro ou pilriteiro, está entre as plantas do Nordeste de Portugal mais recomendadas pela medicina tradicional e as suas bagas eram consumidas no campo, por serem consideradas nutritivas e saudáveis, sendo também utilizadas como suplemento alimentar, sobretudo para crianças, devido ao seu elevado conteúdo vitamínico [1]. Em diferentes regiões de Portugal, o espinheiro é reconhecido como tendo propriedades de prevenção e controlo de doenças relacionadas com a idade (p. ex. doenças cardiovasculares, arteriosclerose, artrite ou hipertensão. Além do mais, alguns estudos documentam a utilização das flores e frutos de espinheiro no tratamento de doenças cardiovasculares e gastrointestinais. Os frutos são também utilizados em produtos alimentares processados (enlatados, compotas, geleias, bebidas) [2]. Neste trabalho foram utilizadas diferentes partes do espinheiro: botões e brácteas florais (corimbos); flores durante a antese, incluindo folhas expandidas na base do pedúnculo da inflorescência; frutos imaturos correspondendo à fase de senescência floral; frutos maduros (pomos vermelhos no final do estio); frutos em sobrematuração (frutos de cor vermelha escura do final do Outono). Para compreender o potencial antioxidante destas diferentes partes da planta, foram feitas extrações com solventes de baixa toxicidade (água e etanol), sendo os extratos submetidos a ensaios químicos e bioquímicos utilizando homogeneizados de células animais: efeito captador de radicais livres, poder redutor e inibição da peroxidação lipídica. Os extratos etanólicos provaram ser mais eficientes, embora os resultados para os extratos aquosos tenham sido também muito satisfatórios. Em relação às diferentes partes botânicas, as flores e os frutos imaturos apresentaram a maior atividade antioxidante. Os resultados obtidos comprovaram o potencial do espinheiro para ser utilizado como suplemento alimentar ou como fonte de nutracêuticos, nomeadamente antioxidantes importantes contra algumas das doenças crónicas mencionadas anteriormente.
A espécie Crataegus monogyna, conhecida vulgarmente como espinheiro, escaramunheiro ou pilriteiro, está entre as plantas do Nordeste de Portugal mais recomendadas pela medicina tradicional. As suas bagas são comumente consumidas por serem consideradas nutritivas e saudáveis, podendo também ser utilizadas como suplemento alimentar, sobretudo para crianças, devido ao seu elevado conteúdo vitamínico [1]. O espinheiro é reconhecido como tendo propriedades bioativas de interesse elevado, em particular na prevenção de doenças cardiovasculares e gastrointestinais. De forma a compreender melhor o potencial terapêutico do espinheiro, a atividade antioxidante de diferentes partes da planta (botões e brácteas florais, flores e frutos) foi avaliada através de diferentes métodos químicos e bioquímicos. Os extratos etanólicos demonstraram maior potencial antioxidante que os extratos aquosos, mas os resultados foram muito satisfatórios em ambos os casos, revelando o potencial do espinheiro para ser incluído em formulações terapêuticas ou produtos dietéticos de referência.