Comportamento em tração a longo prazo de um geotêxtil tecido – extrapolação de resultados experimentais para tempos de serviço até 100 anos Conference Paper uri icon

abstract

  • Neste artigo discute-se o comportamento mecânico de longo prazo de um geotêxtil tecido em polipropileno e o efeito da danificação durante a instalação nesse comportamento. A danificação durante a instalação foi induzida em ensaios de campo sob condições reais; o geossintético estudado foi exumado e caracterizado através de ensaios de fluência e de rotura em fluência. Foram geradas curvas Sherby-Dorn, para analisar o efeito da danificação nas diferentes fases de fluência do geotêxtil, e curvas isócronas (força-extensão para diferentes tempos de vida útil do geotêxtil) para amostras intactas e danificadas. O efeito da danificação durante a instalação e fluência para diferentes períodos de serviço (30, 50 e 100 anos) foi quantificado através de coeficientes de redução para parâmetros que caracterizam o comportamento mecânico do geotêxtil (resistência à tração e rigidez secante). Estes coeficientes foram obtidos pelo método tradicional e considerando a sinergia entre a danificação durante a instalação e a fluência. Foi ainda quantificado o coeficiente de segurança para a variação estatística devido à extrapolação dos dados de rotura em fluência para os diferentes tempos considerados. O geotêxtil foi afetado pela danificação induzida; as reduções de resistência observadas foram importantes, particularmente para condições de instalação severas. A resistência retida foi afetada pela danificação, contrastando com o que normalmente se assume. Assim, poderá ser necessário adaptar os métodos de dimensionamento atuais. A ocorrência de fluência primária, secundária ou terciária não foi afetada pela danificação, mas o fim da fluência primária foi antecipado; os resultados parecem indicar que o comportamento à fluência do geotêxtil foi melhor após danificação. As alterações na rigidez secante foram menos importantes do que as correspondentes à resistência à tração. A abordagem tradicional (assumindo independência) foi considerada insegura para a resistência à tração e para a rigidez secante do geotêxtil, mais importante para períodos de extrapolação mais longos.

publication date

  • January 1, 2018