Acidentes de trabalho versus absentismo laboral
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As últimas estatísticas da Administração Central dos Serviços de Saúde (ACSS) sobre acidentes de trabalho nas instituições de saúde, apontam para um aumento da incidência de acidentes e, consequentemente, para o aumento do absentismo laboral. Aanalisar as consequências dos acidentes de trabalho nas instituições de saúde do distrito de Bragança. O estudo transversal retrospectivo, recorrendo ao registo de acidentes de trabalho notificados, e aos balanços sociais das instituições, constituindo uma amostra de 223 trabalhadores. Do total dos acidentes 40,8% resultaram em absentismo laboral temporário, faltando em média 67,23 dias por acidente, num total 6 116 dias, o que ascendeu a um custo aproximado de 168 856.27l euros. Os factores que contribuíram significativamente (p <0,000) para absentismo laboral, influenciando a média de dias perdidos, foram a idade superior a 45 anos, o baixo nível habilitacional, o desempenhar tarefa em horário fixo, os acidentes por quedas e as lesões musculosqueléticas. Os Odds Ratios e respectivos IC a 95% demonstraram que os trabalhadores com lesões musculosqueléticas apresentam um risco maior de ter absentismo laboral (OR=18,113; IC=7,786-42,135). O possuir habilitações superiores ao 12º ano e o praticar horário por turnos revelaram-se como factores protectores (OR=0,325 e OR=0,451 respectivamente). Discussão: Os dados da ACSS de 2009, indicam como número de dias perdidos 52 702, resultando em incapacidade temporária 1 581 e 87 em incapacidade permanente. Também a corroborar os nossos dados, vários estudos referem as pessoas com baixos salários, com baixo nível habilitacional e a desempenhar menos especializadas as mais expostas a acidentes e acidentes mais graves. Conclusões: Dada a relevância, humana e económica, deste problema os estudos apontam para a realidade dos acidentes de trabalho em meio hospitalar e para a necessidade de implementação de melhores condições laborais de forma a reduzi-los em número e em consequências nefasta.