Pastagens temporárias na rotação como forma de promover a fertilidade do solo
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As pastagens temporárias são incluídas nas rotações como forma
de resolver problemas sanitários {pragas, doenças e infestantes) e
promover a fertilidade dos solos. Neste trabalho4 apresentam-se
resultados do teor de carbono e azoto orgânicos no solo numa
rotação octoanual de regadio do tipo M4 - Pt4, em que M e Pt
representam, respetivamente, Milho e Pastagem temporária. Os
resultados que se apresentam foram obtidos no ano de mudança
da folha de cultura, isto é, ao quarto ano, em que o milho vai ser
instalado na folha que esteve com pastagem e vice-versa. A
rotação está estabelecida sob um pivô central na Quinta do
Poulão em Bragança. A pastagem foi originalmente semeada com
trevo branco (Trifolium repens), cvs. Haifa e Ladino, azevém
perene (Lolium perenne), cv. Victorian, azevém híbrido {L
multiflorum x L. perenne), cv. Manawa, e festuca alta (Festuca
arundinacea), cv. Clarine. As leguminosas foram semeadas à razão
de 2,5 kg de semente por hectare cada e as gramíneas com 4,5 kg
ha-1. Os resultados revelaram uma elevada acumulação de azoto e
carbono no solo mantido com pastagem, respetivamente, 0,79 e
17,25 g kg-1 {valores médios na camada 0-20 cm) em comparação
com a folha de milho {0,23 e 14,29 g kg-1, respetivamente).
Enquanto no milho praticamente não ocorreram diferenças entre
profundidades de amostragem, devido às mobilizações regulares,
no caso da pastagem a camada 0-10 cm acumulou
significativamente mais azoto e carbono (1,25 e 22,17 g kg-1) que a
camada 10-20 cm (0,34 e 12,34 g kg-\ devido à maior densidade
radicular na camada superficial e correspondentemente maior
deposição de resíduos. Os resultados mostraram o tremendo
potencial da inclusão de pastagens na promoção da fertilidade do
solo da rotação, aqui representada por dois importantes fatores
ecológicos: azoto orgânico e carbono orgânico.