Utilização de extratos de Rosmarinus oficinalis L. Como ingredientes bioativos para aumentos funcionais
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Introdução: A procura por parte dos consumidores de alimentos promotores de saúde é hoje uma
realidade, levando a indústria alimentar a apostar no setor dos alimentos funcionais que, para além
das suas propriedades nutricionais, conferem benefícios adicionais, nomeadamente na prevenção de
algumas doenças. Rosmarinus oficinalis L., vulgarmente conhecido por alecrim, possui vários
fitoquímicos que lhe conferem propriedades bioativas tais como atívidade antioxidante, antiinflamatória,
antimicrobiana, entre outras. Os compostos fenólicos são um exemplo importante
desses fitoquímicos bioativos.
Objetivos: Avaliar a atividade antioxidante de dois extratos de Rosmarinus oficinalis L., um aquoso e
outro hidroetanólico, e utilizar o mais ativo para incorporação em requeijões. Após desenvolvimento
do produto, confirmar as suas propriedades nutricionais e atividade antioxidante, esta avaliada para
um tempo inicial (tO) e após sete dias (t7) de armazenamento.
Materiais e Métodos: A atividade antioxidante foi avaliada através dos ensaiosefeito captador de
radicais livres (DPPH), poder redutor (PR) e inibição da peroxidação lipídica fTBARS). A composição
em macronutrientes foi avaliada de acordo com as normas oficias de análise de alimentos, tendo sido
também determinada a sua composição em lactose e ácidos gordos utilizando técnicas
cromatográficas.
Resultados e Discussão: O extrato aquoso de alecrim revelou melhores propriedades antioxidantes
comparativamente ao extraio hidroetanólico. Assim, foi utilizado para incorporação em requeijões,
tendo-se comprovado que o extrato conferiu propriedades antioxidantes aos produtos
funcionalizados (em tO e t7), uma vez que as amostras controlo (sem adição de extrato) não
apresentavam nenhuma atividade. No entanto, houve um ligeiro decréscimo dessa atividade de tO
para t7 devido a alguma degradação do extrato. Todos os requeijões aditivados com o extraio e após
análise nos dois tempos (tO e t7) mantiveram o perfil nutricional das amostras controlo.
Conclusão: A incorporação do extraio aquoso de alecrim conferiu propriedades antioxidantes ao
requeijão, mantendo o seu valor nutricional ao longo do tempo de armazenamento (7 dias a 4°C).
Contudo, para ultrapassar problemas de degradação do extrato o grupo de investigação recorreu à
técnica de microencapsulação.