A cultura da mediação como fundamento da educação para a convivência pacífica
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Na atualidade vivenciamos cada vez mais situações de violência e de conflito nas escolas, com diversas
manifestações que levam a escola a uma crise de legitimidade. Neste sentido, e com o intuito de
inverter esta tendência, pretende-se dar a conhecer um projeto de mediação positiva de conflitos em
contexto escolar, onde emerge a consolidação de uma cultura de paz, de cidadania e de convivência
pacífica. Uma vez que se verifica um crescente número de sinalizações de alunos que apresentam
comportamentos de risco nas escolas, aliado a um crescente número de situações de insucesso, absentismo
e abandono escolares, consideramos de extrema relevância partilhar a experiência decorrente
da implementação do projeto de mediação positiva de conflitos do Agrupamento de Escolas Dr. Júlio
Martins em Chaves, que consistiu na criação de um Gabinete de Mediação, designado por GM+.
Em termos metodológicos serão apresentadas as estratégias de criação do Gabinete GM+, bem como
alguns resultados dos inquéritos por questionário aplicados a uma amostra de alunos do 5.º ao 12.º
ano do referido Agrupamento, com o intuito de refletir acerca das suas perceções sobre o clima escolar.
Serão ainda partilhadas algumas atividades dinamizadas por parte de um grupo de alunos mediadores
do Agrupamento, enquadrados em estruturas de mediação de pares, onde os alunos são reconhecidos
como mediadores informais por parte de toda a comunidade educativa. A criação deste Gabinete de
Mediação em contexto escolar, embora ainda em fase exploratória, já nos permite tecer algumas conclusões
uma vez que a mediação tem permitido aos agentes envolvidos - Diretor, Professores, Equipa
de Mediação, Assistentes Operacionais, Alunos e Encarregados de Educação - uma transformação
criativa dos conflitos, aproveitando-os como uma oportunidade de crescimento, mudança e de desenvolvimento
pessoal e relacional. A corresponsabilização da comunidade educativa tem contribuído para
a promoção de uma cultura de diálogo, de paz, de escuta e de tolerância nas relações interpessoais,
onde impera o respeito pela singularidade do outro, a educação para a paz, para os afetos, para a
felicidade, difundindo deste modo, em contexto escolar, práticas colaborativas de educação para a
convivência pacífica.