Resiliência e stress em estudantes universitários
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A entrada para o ensino superior coloca aos jovens desafios aos quais têm que se
adaptar, nomeadamente a distância da família e o novo meio onde têm de se inserir. Esta
experiência pode ser geradora de stress ou depressão dependendo da forma como as
exigências são avaliadas pelo jovem. A resiliência tem sido considerada um fator
protetor do stress e depressão, consistindo num processo de coping com a adversidade
e numa capacidade para se ajustar positivamente a stressores importantes. No âmbito
de um estudo longitudinal, apresentam-se os dados do primeiro momento, com o
objetivo de identificar os níveis de stress percecionado, bem como os valores de
resiliência em estudantes do 1º ano do ensino superior de duas instituições
geograficamente diferentes (IPB e FPCEUP). Os dados foram recolhidos em Outubro de
2015, no início do ano letivo, junto de uma amostra de 270 estudantes utilizando a
Perceived Stress Scale (Cohen et al., 1983; Trigo et al., 2010) e a Resilience Scale (Wagnil
& Young, 1993; Oliveira & Machado, 2011). Os resultados indicaram uma resiliência
moderada na maioria dos participantes e baixos valores de stress, sendo a dimensão
aceitação de si e da vida um bom preditor do stress. Importa então refletir até que ponto
os jovens universitários são resilientes, se os contextos académicos onde se inserem
podem funcionar como fatores de risco ou de proteção, e se a acumulação de
experiências e o ciclo de vida podem influenciar a resposta individual global e sistémica
(corpo-mente).