Deteção remota apoiada por veículos aéreos não tripulados (VANT) aplicada à monitorização de áreas sujeitas a incêndios florestais Artigo de Conferência uri icon

resumo

  • Os incêndios florestais, nas últimas décadas, têm aumentado em termos de frequência, intensidade e extensão. Em consequência, têm também crescido as preocupações pelos efeitos ambientais negativos destes eventos, nomeadamente nas propriedades dos solos. A gravidade das modificações depende, entre outros aspetos, da intensidade e/ou severidade do fogo, topografia local e tipo de vegetação. A monitorização das áreas ardidas é pois essencial para compreender a evolução das propriedades do solo e sua interação com a vegetação, bem como as tendências de recuperação ao longo do tempo. É neste contexto que se reforça a utilidade das técnicas de deteção remota, proporcionando ferramentas eficazes para o acompanhamento de áreas florestais queimadas. Mais frequentemente, esta monitorização faz-se com recursamento ao processamento de imagens de satélite, antes e pós incêndio. As aplicações mais comuns referem o mapeamento ara obtenção de modelos digitais de superfície (MDS) e cálculo de índices de vegetação (NDVI) ou de áreas ardidas (NBR) e volume de biomassa. No entanto, as imagens de satélite apresentam algumas limitações, nomeadamente quanto à resolução espacial e temporal, condicionando assim a qualidade dos dados. Estas limitações são ultrapassadas com a utilização de veículos aéreos não tripulados (VANT), que possibilitam uma maior resolução espacial. No presente trabalho mostra-se um caso de aplicação deste tipo de tecnologia numa área situada no Parque Natural de Montesinho (Aveleda, Bragança, Portugal). São apresentados os resultados de levantamentos fotogramétricos, realizados antes e após um fogo controlado, que proporcionaram imagens obtidas com um VANT Dji Phantom 4RTK. O tratamento dos dados resultantes dos voos permitiu a obtenção de ortofotomapas e MDS, abrindo a possibilidade de estimar o volume de biomassa e avaliar a evolução do processo de revegetação natural. A realização de voos de pormenor, em pequenas secções da parcela, permite ainda um acompanhamento de elevada resolução do efeito do fogo em termos de perda de solo por erosão.

autores

  • Ana Caroline Royer
  • Ana Barroso
  • HERNANDEZ HERNANDEZ, ZULIMAR
  • Alves, Leonardo
  • Eloíza Piovesan
  • Bruno Teixeira
  • M. Fernandes
  • Diogo Alves
  • Patrícia Gabrielle dos Santos
  • Pinto, M.A.
  • FELICIA FONSECA
  • Pamplona, Jorge Manuel
  • Carvalho, Manuela
  • Henriques, Renato
  • Cristina Delerue Matos
  • Almeida, Arlindo
  • Teresa Maria Valente

data de publicação

  • junho 2021