Mapa de aptidão ao pastoreio: primeiro esboço de cartografia da aptidão à utilização das comunidades herbáceas espontâneas como pasto Conference Paper uri icon

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  • Apresenta-se um Mapa de Aptidão ao Pastoreio elaborado no âmbito do projeto “Ordenamento Potencial da Paisagem de Base Ecológica. Aplicação a Portugal”, em resposta à solicitação de cartografia de áreas com potencialidade para a exploração de pastagens naturais. Pretende-se, neste projeto, conhecer a aptidão ecológica do território continental português à instalação das diversas actividades, entre as quais o pastoreio com base nos prados espontâneos - pastagens naturais anuais ou vivazes, ocorrentes tipicamente no sobcoberto de montado, em mosaicos com comunidades arbustivas ou em terrenos agrícolas em pousio, com menos frequência em áreas geridas especificamente com o objetivo de manter áreas de pasto. A integração do mapa apresentado com outros mapas de aptidão, nomeadamente agrícola e silvícola, será executada posteriormente, para determinação dos usos mais adequados ao território. A metodologia empregue consistiu no desenvolvimento de um conjunto de regras, estabelecidas com base em conhecimento de especialista. Estas regras visam estabelecer a aptidão do território, considerando uma escala de três valores - aptidão nula a baixa, aptidão média e aptidão elevada - a partir das características ecológicas consideradas mais influentes na definição da adequabilidade para a pastagem: bioclima e morfologia do terreno, cartografados anteriormente. As unidades bioclimáticas consideradas são combinações de macrobioclima, ombrotipo e termotipo, que refletem a uma escala regional as limitações às plantas impostas pela disponibilidade de água e pela temperatura. A morfologia do terreno permite separar as situações de fundo de vale aplanado, de vertente e de topo aplanado, que se modificam localmente as condições de disponibilidade de água para as plantas e refletem ainda, globalmente, grandes tipologias de solos. As regras assim definidas foram implementadas num Sistema de Informação Geográfica (SIG), consistindo esta fase na sua tradução num conjunto de condições que foram posteriormente implementadas através de uma sucessão de operações de álgebra de mapas e de reclassificação, sobre uma base cartográfica digital.

publication date

  • January 1, 2015