Associação da competência motora atual com a competência motora percebida Conference Paper uri icon

abstract

  • Existem evidências de que as crianças menos competentes em habilidades motoras básicas, tais como agarrar, correr, lançar, pontapear e saltar são menos aFvas(1) . Uma revisão sistemáFca(2) recente mostrou que a competência motora percebida (CMP) Fnha uma associação mais forte com a aFvidade asica (AF) comparaFvamente a outros aspetos do autoconceito e que a idade moderava posiFvamente esta relação. Da mesma forma, foi mostrada uma associação posiFva entre a competência motora atual (CM) e a CMP na adolescência(3) e na terceira infância(4). Em crianças da segunda infância existe alguma evidência de que existe associação entre a CM e a CMP(5,6), contudo um estudo em crianças da segunda infância reporta que não existe associação(7) . Assim, parece que embora exista uma relação recíproca entre a CM e a CMP em crianças mais velhas e na adolescência, nas crianças mais novas a relação é menos clara.
  • O objetivo do presente estudo foi estudar a associação entre a competência motora atual (CM) e a competência motora percebida (CMP). Participaram 188 crianças de ambos os sexos (7,35±1,38 de idade), divididas em 2 grupos etários (grupo 1: 4 a 7 anos; grupo 2: 8 a 10 anos). A CM foi avaliada com o TGMD-2. A CMP foi avaliada com a escala pictográfica da competência motora percebida de Barnett et al.(1). Foi calculado o r de Pearson entre CM e CMP. Os valores da CMP são em ambos os sexos e em ambos os grupos etários elevados, variando entre 19,4 e 21,4. Considerando os valores estandardizados para a CM o resultado para as habilidades de controlo de objetos variaram entre 5,87 e 6,75 e para as habilidades de locomoção variaram entre 7,73 e 8,87, sendo, em ambos os casos, abaixo do valor intermédio (10). Os valores de r são baixos e alguns deles negativos, variando entre 0,04 e -0,23. As crianças da amostra apresentam uma perceção da competência elevada pouco consonante com os valores da CM que são relativamente baixos, o que de facto se confirma pelas correlações negativas e baixas entre os dois conceitos.

publication date

  • January 1, 2015