Sífilis uma realidade antiga e um desafio atual
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A sífilis causada pelo Treponema pallidum e transmitida por contato sexual, transfusão sanguínea e transplacentaria. A transmissão sexual, geralmente ocorre durante as fases primária, secundária ou início da latente; no entanto a transmissão pode ocorrer vários anos após a infeção materna. Apesar de existirem medidas profiláticas eficazes e opções terapêuticas relativamente baratas, como o uso do preservativo, cerca de 12 milhões de pessoas são infetadas anualmente (OMS,2016). O controle da doença tem como fundamento a triagem sorológica e o tratamento adequado de gestantes e parceiros (Campos et al ,2010). Material e métodos: Casos de sífilis registados em Portugal foram recolhidos no sistema de informação centralizado para doenças infeciosas (CISID) da Organização Mundial de Saúde (OMS). A incidência de sífilis precoce e congénita foi calculada (por 100.000 habitantes) para cada dois anos entre 2003 e 2013. A percentagem de variação bianual (%VB) e respetivo intervalo de confiança a 95% (IC95%) obtiveram-se através de regressão baseada nos procedimentos Cochran-Armitage. Resultados:A sífilis precoce variou entre 1.41 em 2003-2004 e 1.67 em 2011-2013, com %VB não significativo de 7.1% (IC95%: -7.8% a +24.4%). A incidência da sífilis congénita apresentou uma evolução decrescente e significativa variando entre 0.18 em 2003-2004 e 0.04 em 2011-2013 com %VB de -19.5% (IC95%: -33.6% a -2.9%). Conclusões: Face ao exposto e apesar das campanhas de divulgação de medidas profiláticas das infeções sexualmente transmissíveis em curso, torna-se necessário um reforço efetivo à população em geral. Apesar de a transmissão de mãe para filho estar em declínio, é necessário um esforço continuo na prevenção assim como a pertinente vigilância pré-natal.
A sífilis constitui um problema à escala mundial. A OMS reconhece que pesar de existirem
medidas profiláticas eficazes e opções terapêuticas relativamente baratas, como o uso do preservativo,
cerca de 12 milhões de pessoas são infetadas anualmente. Objetivo: Analisar a evolução da incidência
de sífilis em Portugal, ao longo da última década. Metodologia: O número de casos de sífilis registados
em Portugal foram recolhidos no sistema de informação centralizado para doenças infeciosas (CISID)
da Organização Mundial de Saúde (OMS). Para cada dois anos entre 2003 e 2013 foram calculados
os valores de incidência de sífilis precoce, tardia e congénita (por 100.000 habitantes). A percentagem
de variação bianual (%VB) e respectivo intervalo de confiança a 95% (IC95%) obtiveram-se através de
regressão baseada nos procedimentos Cochran-Armitage. Resultados: A sífilis precoce variou entre 1.41
em 2003-2004 e 1.67 em 2011-2013, com %VB não significativo de 7.1% (IC95%: -7.8% a +24.4%). A
incidência da sífilis congénita apresentou uma evolução decrescente e significativa variando entre 0.18
em 2003-2004 e 0.04 em 2011-2013 com %VB de -19.5% (IC95%: -33.6% a -2.9%). Conclusão: Face
ao exposto e apesar das campanhas de divulgação de medidas profiláticas das infeções sexualmente
transmissíveis em curso, observa-se estagnação da incidência de sífilis precoce o que suscita particular
atenção. No entanto, a incidência de sífilis congénita mostra evolução favorável demostrando a pertinência
da vigilância pré-natal em que se tem investido em Portugal.