Tendências de variação dos escoamentos fluviais nas zonas de montanha do Norte de Portugal: abordagem exploratória
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As zonas de montanha, nas cabeceiras das bacias hidrográficas principais, têm um papel
essencial no ciclo da água, concretamente na importância relativa das suas componentes do
ramo terrestre, determinante da distribuição, disponibilidade e qualidade dos recursos
hídricos do conjunto de cada bacia, com destaque para os escoamentos fluviais. Variações
sensíveis dos escoamentos fluviais nestas zonas, para além de indicadoras de eventuais
efeitos directos de alterações na cobertura vegetal e edáfica das bacias, permitem alertar,
mais ou menos precocemente, para a necessidade de desencadear acções mitigadoras ou
adaptativas nos padrões de uso e gestão da água na totalidade da bacia. Este trabalho, com
carácter de exercício exploratório, pretende contribuir para identificar tendências de variação
espacial e evolução temporal, nos escoamentos fluviais nas zonas de montanha do Norte de
Portugal. Os dados de base utilizados mo trabalho, foram os livremente disponibilizados online
pelo Instituto da Água de Portugal (INAG). Seleccionaram-se as estações hidrométricas
com cota superior a 400m, em número de 67. Deste conjunto, trataram-se os dados das 11
estações com séries mais longas de registo (mais de 20 anos), distribuídas pelas bacias
principais do Norte de Portugal, com altitudes até 900m. Os parâmetros tratados foram os
caudais médios diários e os escoamentos mensais e anuais. Para a avaliação das
tendências em estudo aplicou-se análise de regressão linear. As séries temporais de
escoamentos fluviais mostram tendências de variação diferenciada por parâmetro e por
bacia hidrográfica. O padrão correntemente mencionado de declínio nos escoamentos
fluviais não é consistentemente verificado nas várias escalas temporais. Em contrapartida, a
análise dos caudais médios diários e dos escoamentos mensais permitiu verificar em todas
as estações tendência para acentuação dos extremos, situação mais evidente nas estações
da bacia do Douro. O trabalho torna evidentes as debilidades da abordagem estritamente
estatística ao problema, útil todavia numa fase exploratória.
As zonas de montanha, nas cabeceiras das bacias hidrográficas principais, têm um papel essencial no ciclo da água, concretamente na importância relativa das suas componentes do ramo terrestre, determinante da distribuição, disponibilidade e qualidade dos recursos hídricos do conjunto de cada bacia, com destaque para os escoamentos fluviais. Variações sensíveis dos escoamentos fluviais nestas zonas, para além de indicadoras de eventuais efeitos directos de alterações na cobertura vegetal e edáfica das bacias, permitem alertar, mais ou menos precocemente, para a necessidade de desencadear acções mitigadoras ou adaptativas nos padrões de uso e gestão da água na totalidade da bacia. Este trabalho, com carácter de exercício exploratório, pretende contribuir para identificar tendências de variação espacial e evolução temporal, nos escoamentos fluviais nas zonas de montanha do Norte de Portugal. Os dados de base utilizados mo trabalho, foram os livremente disponibilizados online pelo Instituto da Água de Portugal (INAG). Seleccionaram-se as estações hidrométricas com cota superior a 400m, em número de 67. Deste conjunto, trataram-se os dados das 11 estações com séries mais longas de registo (mais de 20 anos), distribuídas pelas bacias principais do Norte de Portugal, com altitudes até 900m. Os parâmetros tratados foram os caudais médios diários e os escoamentos mensais e anuais. Para a avaliação das tendências em estudo aplicou-se análise de regressão linear. As séries temporais de escoamentos fluviais mostram tendências de variação diferenciada por parâmetro e por bacia hidrográfica. O padrão correntemente mencionado de declínio nos escoamentos fluviais não é consistentemente verificado nas várias escalas temporais. Em contrapartida, a análise dos caudais médios diários e dos escoamentos mensais permitiu verificar em todas as estações tendência para acentuação dos extremos, situação mais evidente nas estações da bacia do Douro. O trabalho torna evidentes as debilidades da abordagem estritamente estatística ao problema, útil todavia numa fase exploratória.