Atividade antioxidante de decocções e infusões de flores de castanheiro, uma árvore de grande interesse apícola
Conference Paper
Overview
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abstract
O mel tem sido usado pelo homem como alimento e medicamento desde tempos imemoriais.
A importância deste recurso apícola intensificou-se quando o seu potencial medicinal foi
provado pela comunidade científica [1] . Numa altura em que o interesse dos consumidores por
alimentos funcionais é cada vez maior, torna-se essencial determinar o potencial bioativo, não só
deste recurso natural, mas também das flores que lhe dão origem . O nosso grupo de investigação
tem estudado o potencial antioxidante de extratos metanólicos de diferentes flores, nomeadamente
as de castanheiro [2]. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a atividade antioxidante
de infusões e decocções de duas cultivares Portuguesas muito apreciadas, Longal e a Judia,
visto constituírem as formas de consumo tradicional mais disseminado. De facto, estas infusões
e decocções são empregues sobretudo contra tosse, diarreias e níveis altos de colesterol, entre
outros.
O potencial antioxidante foi obtido pelos ensaios da atividade captadora de radicais
2,2-difenil-1-picril-hidrazilo (DPPH), poder redutor, inibição da descoloração do B-caroteno e ini bição
da peroxidação lipídica pela diminuição da formação de espécies reativas do ácido tiobarbitúrico
(TBARS) em homogeneizados cerebrais. A decocção de flores de Judia apresentou a maior
atividade antioxidante (menores valores de EC50
; entre 38 e 99 [.Jg/ml), destacando-se bastante
das outras amostras. No entanto, ficou bem evidente o grande poder antioxidante das decocções
e infusões das flores de castanheiro, em comparação com outras flores já estudadas [3] .
Estes resultados trazem evidências científicas de que o poder antioxidante do mel, divulgado
em diferentes estudos incluindo do nosso grupo de investigação [4], pode estar relacionado
com as flores que lhe dão origem.