Trabalho de grupo na aula de matemática: uma investigação em contexto santomense
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resumo
No âmbito do Mestrado em Ensino das Ciências, desenvolvido em São Tomé e Príncipe, foi realizada uma investigação que teve como principal objetivo estudar as perspetivas sobre trabalho de grupo e as respetivas práticas de sala aula dos professores de Matemática do ensino básico. Teve, assim, por base, as seguintes questões: (i) O que pensam os professores de Matemática acerca da realização de trabalho de grupo na aula de Matemática?; e (ii) Como operacionalizam esta forma de organização do trabalho dos alunos em sala de aula? Neste estudo, privilegiou-se uma abordagem de natureza qualitativa do tipo descritiva e interpretativa, pretendendo-se avaliar perceções, ideias, preocupações e práticas de professores. Os participantes no estudo foram três professores de Matemática da 6.ª classe do 2.º ciclo do ensino básico. A recolha de dados centrou-se na realização de entrevistas semiestruturadas e na observação das aulas aquando da realização em aula de trabalho de grupo. Quanto à análise de dados criaram-se duas categorias relacionadas com o assunto em estudo: 1. Perspetivas sobre trabalho de grupo, e 2. Práticas de trabalho de grupo. Dentro destas definiram-se subcategorias, tendo por base a estrutura do guião da entrevista realizada e o enquadramento teórico na sua globalidade. Neste artigo será dada particular atenção à categoria 1. Nas conclusões do estudo sobressaiu a consonância das opiniões dos professores no que respeita ao significado de trabalho de grupo, associando-o a partilha de conhecimentos, troca de experiências e entreajuda. Todos os participantes reconheceram, entre outros benefícios, que o trabalho de grupo permite ao aluno a aprendizagem em conjunto, o desenvolvimento da sua personalidade e a promoção do respeito pelos outros. Muito embora os três professores perfilhem a importância de trabalhar em grupo, apontam as condições existentes na sala de aula, nomeadamente, a falta de materiais, o barulho, o calor e o tempo da aula insuficiente, como condicionantes à realização do mesmo.