Cancro da mama: Fatores mediadores da infeção da ferida cirúrgica
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O cancro da mama é uma das patologias com maior impacto na nossa sociedade, não só por ser frequente e, muitas vezes, associado a uma imagem de gravidade, mas essencialmente porque atinge e agride um órgão cheio de simbolismo, na maternidade e na feminilidade. A incidência desta doença tem aumentado, mais que duplica a partir dos 50 anos, passando a 200 casos por ano em cada 100.000 habitantes. Objetivo: Identificar os fatores mediadores da infeção da ferida cirúrgica das mulheres com cancro da mama e quais as intervenções que potenciam este acontecimento. Método: O presente estudo consiste numa meta-síntese com recurso a uma revisão sistemática da literatura, esta foi realizada através das Key words: Cancer; mediators /associated factors; infection; urgical wound, na da base de dados Web of Knowledg, dos 100 artigos selecionados após submetidos a critérios de inclusão resultaram apenas 5 artigos pertinentes para as evidências cientificas em estudo. A média de idades da amostra em estudo dos artigos analisados oscila entre os 40 e os 80 anos de idade, oriundos de países considerados desenvolvidos. Resultados: os dados analisados mostram que a prevalência de infeção é elevada em procedimentos mais invasivos. A infeção da ferida cirúrgica varia de 0.1% a 12.5%, dos quais se destacam as circunstâncias de mastectomia bilateral, reconstrução mamária imediata, re-excisão por infeção, remoção do gânglio axilar e o recurso a disseção convencional. As abordagens mais invasivas são os fatores que potenciam o processo infecioso. A deiscência da ferida cirúrgica varia entre 0.6% e 22.3%. Conclusão: São múltiplos os fatores que influenciam a prevalência da ocorrência de infeção da ferida cirúrgica em pacientes submetidas a cirúrgica mamária, mas cabe ao enfermeiro vigiar e detetar precocemente o processo infecioso de modo a evitar o alongamento destas complicações levando a uma evolução benéfica para a utente, diminuindo os custos aos serviços e permitindo uma continuidade de tratamentos adjuvantes reduzindo a possibilidade de recidiva.