A educação não formal: contributo do(s) olhar(es) das crianças Conference Paper uri icon

abstract

  • A preocupação em assegurar às crianças experiências que contribuam para elevar o seu potencial de aprendizagem e sucesso escolar suscita a reflexão sobre o papel que os contextos de educação não formal assumem nesse processo. Discutem-se, neste trabalho, as potencialidades e constrangimentos com que a educação não formal se confronta na organização do quotidiano formativo e experiencial das crianças, entrelaçando olhares com a educação formal e informal, e tomando em consideração que pode ocorrer através de atividades de instituições e organizações de natureza diversa. Na esteira da emergência e estudo de cenários educativos, que se estendem para além da escola, mas também dentro dela, esses processos precisam ser entendidos no quadro de mudança e de crescente complexidade que caraterizam as sociedades. Trata-se de cenários que colocam em avaliação as aprendizagens a promover e as oportunidades de cidadania que a cada um é possível experienciar. Nesta linha, o estudo que se apresenta nesta comunicação integrou como principais objetivos: identificar o tipo de atividades de educação não formal em que as crianças se envolvem; analisar as perceções das crianças acerca das atividades educativas não letivas em que participam; equacionar a(s) forma(s) de ocupação dos tempos livres das crianças. Participaram no estudo crianças dos 6 aos 12 anos de idade que frequentavam um centro escolar da zona norte de Portugal, integrando elementos do 1.º ao 6.º ano de escolaridade. Para a recolha de dados procedemos à aplicação de um inquérito por questionário, realizado no final do ano letivo de 2017/2018. Os resultados evidenciam a participação das crianças em atividades não letivas diversas, destacando as de cariz extracurricular e desportivo. As possibilidades de recreação, aprendizagem, ocupação do tempo livre durante o período laboral dos pais, estabelecer relações com outras pessoas e usufruir de apoio ao nível escolar são motivos que, no entender das crianças, estão na base da frequência dessas atividades, e sublinham o papel assumido pelos pais (pai/mãe) na escolha dessas atividades. Solicitadas a manifestar interesses sobre as atividades que gostariam de frequentar e não frequentam, relevaram atividades diversas de contacto com a natureza, artísticas e desportivas. Sublinhamos os contributos do estudo para a reflexão e a (re)estruturação das respostas educativas não formais proporcionadas às crianças, enfatizando a promoção de práticas que favoreçam a sua recreação, expressão e enriquecimento sociocultural.
  • Neste artigo discutem-se as potencialidades e constrangimentos com que a educação não formal se confronta na organização do quotidiano formativo e experiencial das crianças, entrelaçando olhares com a educação formal e informal, e tomando em consideração que pode ocorrer através de atividades de instituições e organizações de natureza diversa. Nesta linha, apresenta-se um estudo que integrou como principais objetivos: identificar o tipo de atividades de educação não formal em que as crianças se envolvem; analisar as perceções das crianças acerca das atividades educativas não letivas em que participam; equacionar a(s) forma(s) de ocupação dos tempos livres das crianças. Participaram no estudo crianças dos 6 aos 12 anos de idade, que frequentavam um centro escolar da zona norte de Portugal, integrando elementos do 1.º ao 6.º ano de escolaridade. Para a recolha de dados procedemos à aplicação de um inquérito por questionário. Os resultados evidenciam a participação das crianças em atividades não letivas diversas, bem como o interesse em frequentar atividades também diversificada, destacando de contacto com a natureza, artísticas e desportivas.

publication date

  • January 1, 2019