A força de preensão manual como indicador da funcionalidade em idosos
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A avaliação da força da mão é uma ferramenta relevante no planeamento e avaliação dos cuidados em geriatria e reabilitação. Fornece informações valiosas sobre a funcionalidade do indivíduo e ajuda a implementar e monitorizar estratégias com o objetivo de preservar ou recuperar a força muscular global. Objectivos: Perceber a relação existente entre a idade, os valores obtidos através de dois métodos de avaliação da força de preensão da mão e do teste de avaliação funcional up and go. Material e métodos: Desenhou-se um estudo de carácter descritivo, quantitativo e transversal. Para avaliar a força de preensão manual utilizou-se um dinamómetro de pêra aneróide da marca Dinatest® e outro de sistema hidráulico da marca Jamar®. Foi considerado o melhor resultado de duas tentativas (peak force isométrico). Para avaliação da funcionalidade e aptidão física dos idosos utilizámos o protocolo do teste Timed Up and Go (levantar e andar), cuja confiabilidade está bem estudada pela literatura. Resultados: A amostra foi constituída por 77 idosos (49 mulheres) e a média de idades foi de 81,40 anos, sem diferenças significativas entre sexos. O idoso mais novo apresentava 65 anos e o mais velho 97. Em ambos os métodos de avaliação, a mão direita obteve melhores resultados que a esquerda. Os homens obtiveram valores de força superiores aos das mulheres. Constatámos que a força da mão declina com a idade, como se denota pelas correlações negativas encontradas. Pudemos ainda observar que o teste up and go se correlaciona negativamente com todas as formas de avaliação da força de preensão manual, o que significa que quem tem mais força executa o teste de levantar e andar em menos tempo. De referir ainda que o teste up and go se correlaciona positivamente com a idade (os indivíduos mais velhos necessitam de mais tempo para executar o teste). Encontrámos associações estatisticamente significativas entre os dois tipos de avaliação objetiva da força de preensão da mão em idosos. Verificámos ainda associações muito semelhantes quando comparámos as diferentes formas de avaliação da força de preensão manual e um teste de avaliação funcional (teste up and go). Concluímos pela validade do uso de qualquer destes equipamentos na prática clínica especializada, devendo a opção por um ou por outro ter em conta os custos dos mesmos. Introduction: The assessment of handgrip strength is an important tool in the planning and evaluation of geriatric and rehabilitation care. Provides valuable information about the functionality of the individual and helps to implement and monitor strategies aiming to preserve or restore muscle strength. Objectives: Understand the relationship between age, the values obtained by two methods of assessment of the handgrip strength and up and go test (functional evaluation). Material and Methods: We designed descriptive quantitative and cross study. To evaluate the handgrip strength we used a Dinatest® dynamometer and a Jamar® hydraulic dynamometer. We selected the best result of two attempts (peak isometric force). To evaluate the functionality and physical fitness of the elderly we used the test Timed Up and Go Test, whose reliability is well studied in the literature. Results: The sample consisted of 77 older adults (49 women) and the mean age was 81.40 years, without significant differences between genders. The youngest had 65 years and the oldest 97. In both evaluation methods, the right hand yielded better results than the left. Men showed strength values higher than women. We found that hand strength declines with age, as is denoted by the negative correlations found. We could also observe that the test up and go correlates negatively with all forms of assessment of hand grip strength, which means that whoever has more power runs the test up and go in less time. Note also that the test up and go is positively correlated with age (older individuals need more time to run the test). Discussion and Conclusion: We found statistically significant associations between the two kinds of assessment of hand grip strength in the elderly. We also have very similar associations when compared the different tests to assess hand grip strength and a functional assessment (up and go test). We conclude by the validity of using any of these devices in clinical practice and the choice of one or another should take into account the costs thereof.