A amendoeira (Prunus dulcis) é uma espécie com origem nas
regiões quentes e áridas do sudoeste asiático (Ladizinsky, 1999).
Terá sido disseminada pelo Médio Oriente, Turquia e Grécia
através da rota da seda, chegando a Itália e Espanha há mais de
2000 anos. A cultura foi-se instalando à volta da bacia
mediterrânica, mas só a partir dos anos 1850-1900 foi possível
estabelecer as variedades locais, formadas por seleção natural
(Grassely, 1976). Aos Estados Unidos da América chegou por
volta dos anos 1700, tendo ocupado uma grande extensão no
estado da Califórnia (Ladizinsky, 1999).
Atualmente, a amendoeira está distribuída um pouco por todo o
mundo, sendo que a Europa possui a maior área atribuída a esta
cultura (36%) e a Oceânia representa o continente com menor
área (2%) (Figura 3.1). Na Europa encontra-se o país com maior
área a nível mundial, a Espanha, com cerca de 30 %. Nas
Américas são os Estados Unidos o país com maior expressão no
cultivo de amêndoa (20% da área mundial, centrada na Califórnia). A Tunísia lidera no continente africano com 11,2%. Na Ásia a
amendoeira encontra-se sobretudo no Irão (4,8%) e na Oceânia
encontra-se na Austrália, ocupando 1,7% da área mundial
(FAOSTAT, 2017). Os Estados Unidos são o maior produtor
mundial de amêndoa com 57% da produção. Segue-se Espanha
com 7,3 % e Austrália com 6%. Na Ásia, o Irão produz 4,2% e na
África a maior produção é atingida em Marrocos, com 3,8% da
produção mundial. Em termos de produtividade média unitária, a
Austrália regista os valores mais elevados (mais de 5500 kg/ha),
seguida dos Estados Unidos com mais de 4000 kg/ha. Europa e
África registam valores de produção incomparavelmente mais
baixos, com 483 kg/ha e cerca de 700 kg/ha respetivamente
(FAOSTAT, 2017).