Da integração social e académica dos alunos ERASMUS em Bragança: estudo diacrónico
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No contexto académico e cultural europeu, dentro do qual o programa de Mobilidade Estudantil Erasmus se pretende destacar, são muitos os desafios que se impõem, não só aos alunos que por ele optam, mas também às instituições de ensino superior que os acolhem e que se debatem pela sua integração a vários níveis. Tratando-se de um programa de reconhecida importância académica, é cada vez menos questionável o seu pendor cultural nacional e principalmente local, social e intelectual na formação desses alunos. Sobre este aspeto, os objetivos gerais do programa Erasmus são claros, uma vez que se pautam pelo desenvolvimento de competências nos domínios da educação, da formação, da juventude e do desporto, bem como pelo desenvolvimento de competências pessoais e profissionais. O multilinguismo é uma das pedras angulares do programa Erasmus e um símbolo da União Europeia para a união e para a diversidade. As competências linguísticas, sociais e culturais desempenham um papel de destaque entre todas as que ajudarão a preparar os alunos para o mercado de trabalho. A promoção do ensino das línguas e da diversidade cultural e social é um dos objetivos principais desta mobilidade de alunos. Assim, no estudo proposto agora para discussão estabelecem-se como objetivos: a) conhecer a realidade de mobilidade Erasmus dos alunos Incoming provenientes de outros países para frequentarem o Instituto Politécnico de Bragança; b) averiguar o seu processo de integração na instituição e ao nível local; c) perceber as dificuldades sentidas ao nível social, linguístico e cultural. Como metodologia do trabalho recorreu-se à aplicação de um inquérito (aplicado entre abril e junho de 2018) com questões abertas e fechadas aos alunos em mobilidade Erasmus Incoming em Bragança para o ano letivo 2017/2018 para se perceber o seu processo de integração no Instituto Politécnico de Bragança e na cidade. Para análise e apresentação dos resultados privilegiamos a análise de conteúdo, cujas categorias emergiram dos dados apurados. Exploram-se, assim, neste estudo, cada uma das dimensões referidas e demonstra-se que, entre outros aspetos, a diversidade cultural poderá ser encarada, em primeiro lugar, como fator de desenvolvimento e mobilidade social e humano e, em segundo lugar, mas sem menos importância, como desenvolvimento de competências académicas, culturais e linguísticas que preparam os alunos para as exigências da integração no mercado de trabalho.