Atualmente assiste-se, em Portugal, a um aumento crescente das doenças crónicas, com consequente impacto na qualidade de vida dos indivíduos. O envelhecimento da população é real e uma constante, sendo consequência do aumento da esperança média de vida, contribuindo de forma ativa para a forma como os idosos vivem. Ainda assim, o aumento da esperança de vida à nascença e a diminuição do índice sintético de fecundidade constituem fatores concorrentes para o alargamento do topo da pirâmide etária da população. Este envelhecimento progressivo tem provocado um aumento na procura de cuidados de saúde gerais, bem como nas áreas de patologia cardíaca.
O tratamento das doenças cardíacas pode ser clínico ou cirúrgico. A Cirurgia Cardíaca é o campo da medicina que diz respeito ao tratamento
cirúrgico de doenças que envolvem o coração e vasos sanguíneos. A Cirurgia Cardíaca ocupa um lugar central no tratamento das doenças cardiovasculares congénitas ou adquiridas. Apesar do desenvolvimento de técnicas de intervenção não cirúrgica, esta abordagem continua
a ser insubstituível. Alguns exemplos de abordagens cirúrgicas são as reconstrutoras, as quais incluem revascularizações do miocárdio e substituição ou plastia valvular; correção de patologias congénitas; e transplantação cardíaca. Todas constituem intervenções complexas e requerem um tratamento adequado em todas as fases operatórias.