Comportamento financeiro dos alunos de uma instituição pública de ensino superior portuguesa Conference Paper uri icon

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  • Este trabalho foi financiado por: Fundos Europeus Estruturais e de Investimento, na sua componente FEDER, através do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (COMPETE 2020) [Projeto n.º 006971 (UID/SOC/04011); Referência do Financiamento: POCI-01-0145-FEDER-006971]; e por Fundos Nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, no âmbito do projeto UID/SOC/04011/2013.
  • Este trabalho pretende compreender o comportamento financeiro dos alunos de uma instituição pública de ensino superior portuguesa. Para isso, foi realizado um estudo quantitativo, observacional, transversal e analítico. A recolha de dados, que decorreu de outubro a novembro de 2016, baseou-se num questionário que foi administrado diretamente aos alunos de uma instituição pública de ensino superior do nordeste transmontano. Foi recolhida uma amostra acidental de 1290 indivíduos com idades compreendidas entre os 16 e os 43 anos. A maioria era do género feminino, tinha nacionalidade portuguesa, frequentava o 2.º ano de uma licenciatura na Escola Superior de Educação, vivia em agregados familiares de 3 ou 4 pessoas com um rendimento mensal até 800 euros. Os progenitores tinham habilitações literárias ao nível do 3.º ciclo do ensino básico ou do ensino secundário. Para efetuar o tratamento estatístico dos dados recorreu-se ao software SPSS 23.0. Verificou-se que o perfil do estudante que tinha contraído empréstimos bancários era, estatisticamente diferente, daquele que não os tinha contraído. As diferenças identificadas diziam respeito às habilitações literárias dos progenitores (concretamente, do pai) e à idade do estudante sendo que os alunos que tinham contraído empréstimos eram mais velhos e o pai tinha escolaridade inferior ao 1.º ciclo. Os resultados relativos à socialização parental, ensinamentos parentais e otimismo financeiro registaram valores ligeiramente acima do moderado. Já, no que diz respeito ao rendimento subjetivo do aluno e da família, os estudantes consideraram estar abaixo dos valores que seriam necessários para cobrir todas as obrigações e satisfazer todas as suas necessidades. Quanto à intenção do estudante vir a contrair empréstimos no futuro, foi registada uma probabilidade elevada de o vir a fazer para fazer face a despesas com habitação, saúde, educação e bens de 1ª necessidade. Por fim, pode dizer-se que o estudante tem uma atitude conservadora face ao endividamento pois, apesar de considerarem o recurso ao crédito como um ato normal na sociedade atual, consideraram, também, que o recurso ao crédito deve servir, essencialmente, para fazer face a despesas relacionadas com a satisfação de necessidades básicas.

publication date

  • January 1, 2018