A questão das quedas em idosos constitui um problema de saúde pública. Objetivo: Verificar
se a prática de atividade física, em comparação com a não prática de atividade física, fornece melhor
evidência para prevenir quedas em idosos que estão institucionalizados. Metodologia: Realizou-se uma
revisão sistemática da literatura de acordo com a metodologia Problema, Intervenção, Comparação e
Outcomes. Selecionaram-se 44 artigos na plataforma Web of Science dos quais resultaram, para análise
final 9, segundo os critérios de inclusão definidos. Para atestar da qualidade dos estudos e classificação
dos níveis de evidência aplicou-se a escala Oxford Centre for Evidence-Based Medicine. A seleção dos
estudos e a extração dos dados foi realizada por dois revisores. Resultados: A evidência científica
encontrada foi de alta qualidade resultando em estudos maioritariamente de nível I e II. Dos 9 artigos,
55% evidenciam que a atividade física diminuiu a prevalência de quedas em idosos institucionalizados,
quando comparada com a não atividade física. Há evidência de que os programas de exercícios para
prevenir as quedas em idosos reduzem a prevalência e evitam lesões decorrentes das mesmas. Assim,
muitos dos fatores de risco para quedas são passíveis de serem corrigidos através de bons programas de
exercícios. Conclusões: Os estudos revelam que praticar exercício físico contribui para melhorar a
capacidade funcional dos idosos e resulta em protecção relativamente às quedas. Assim, sugere-se que
existam equipas multidisciplinares que incentivem a atividade física quer nas instituições quer na
comunidade. Um protocolo, simples e de baixo custo poderá ser aplicado em instituições.