Eficiência de uso do azoto de fertilizantes enriquecidos com microrganismos fixadores de azoto
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No mercado, têm surgido fertilizantes orgânicos enriquecidos com microrganismos
fixadores livres de azoto. Com estes fertilizantes procura-se incrementar
a disponibilidade de azoto para as plantas, na medida em que
estes microrganismos sendo heterotróficos podem melhorar a sua capacidade
de fixação de azoto quando colocados junto ao substrato alimentar.
Neste trabalho reportam-se resultados de ensaios que decorreram, durante
2 anos, em campo e em vasos. Foram usados dois fertilizantes orgânicos
enriquecidos com microrganismos (Biof1 e Biof2), um fertilizante orgânico
não enriquecido (Organ), um fertilizante mineral em dose de azoto equivalente
à dos fertilizantes orgânicos (Min1) e dupla (Min2) e uma modalidade
testemunha, sem fertilização azotada. As doses dos outros macronutrientes
fósforo e potássio foram ajustadas com adubos elementares simples.
A. experiência envolveu uma sequência de três culturas por ano (alface-nabiça)
e cevada no final para avaliar o efeito residual dos tratamentos fertilizantes.
Os resultados mostraram um efeito significativo dos tratamentos
fertilizantes sobre a produção de matéria seca e a exportação de azoto. O
tratamento testemunha apresentou no geral menor produção de biomassa
e exportação de nutrientes. O azoto aparentemente recuperado teve os
valores mais elevados com a dose única do adubo mineral ao fim de dois
anos de aplicação, ao passo que o correctivo orgânico não enriquecido foi
o que apresentou a menor eficiência de uso do azoto. O adubo mineral em
dose dupla e os corretivos orgânicos enriquecidos com microrganismos
apresentaram um efeito residual mais elevado em ralação aos demais tratamentos
sobre o cultivo de cevada num ciclo cultural seguinte.