Alternativas ambientalmente sustentáveis: o caso das piscinas biológicas Conference Paper uri icon

abstract

  • A presente comunicação visa explicar o funcionamento das piscinas biológicas e o porquê de estas infra-estruturas serem uma alternativa ambientalmente sustentável. Ao contrário das piscinas convencionais, onde a depuração da água e o controlo das microalgas exigem cloro e outros produtos que apresentam toxicidade, não só para os utilizadores mas também para um grande número de espécies selvagens, nas piscinas biológicas estes processos são realizados por filtros biológicos, à semelhança dos mecanismos que ocorrem nos ecossistemas aquáticos naturais. Aqui, a purificação da água deve-se essencialmente às interacções que se estabelecem entre plantas e microrganismos. Nas raízes ocorrem condições para o estabelecimento dos microrganismos mencionados, estes sim com capacidades significativas para degradar e reter poluentes. As plantas também controlam as populações de microalgas através da competição pelos nutrientes e pela luz e, pela libertação para o meio de compostos algicidas e/ou algistáticos. Como não são adicionados produtos químicos à água estes sistemas são rapidamente colonizados por zooplâncton, macroinvertebrados e alguns vertebrados que complementam os processos mediados pelas plantas e pelos microrganismos. À escala da paisagem, para além de aumentar a estética da paisagem, as piscinas biológicas, funcionam como habitats de “stepping-stone”, importantes para a conservação de espécies ameaçadas, e contribuem para o aumento da heterogeneidade da paisagem.

publication date

  • January 1, 2015