Alternativas ambientalmente sustentáveis: o caso das piscinas biológicas
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resumo
A presente comunicação visa explicar o funcionamento das piscinas
biológicas e o porquê de estas infra-estruturas serem uma alternativa
ambientalmente sustentável. Ao contrário das piscinas convencionais,
onde a depuração da água e o controlo das microalgas exigem cloro e
outros produtos que apresentam toxicidade, não só para os utilizadores
mas também para um grande número de espécies selvagens, nas
piscinas biológicas estes processos são realizados por filtros biológicos,
à semelhança dos mecanismos que ocorrem nos ecossistemas
aquáticos naturais. Aqui, a purificação da água deve-se essencialmente
às interacções que se estabelecem entre plantas e microrganismos. Nas
raízes ocorrem condições para o estabelecimento dos microrganismos
mencionados, estes sim com capacidades significativas para degradar e
reter poluentes. As plantas também controlam as populações de
microalgas através da competição pelos nutrientes e pela luz e, pela
libertação para o meio de compostos algicidas e/ou algistáticos. Como
não são adicionados produtos químicos à água estes sistemas são
rapidamente colonizados por zooplâncton, macroinvertebrados e alguns
vertebrados que complementam os processos mediados pelas plantas e
pelos microrganismos. À escala da paisagem, para além de aumentar a
estética da paisagem, as piscinas biológicas, funcionam como habitats
de “stepping-stone”, importantes para a conservação de espécies
ameaçadas, e contribuem para o aumento da heterogeneidade da
paisagem.