Produção, estado nutritivo das plantas e fertilidade do solo após doze anos de não mobilização em olival
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Em 2001 teve início uma experiência de gestão da vegetação do solo em olival na Qta
do Pinheiro Manso em Bragança. Ao contrário da maior parte das experiências encontradas
na literatura, que partem de olival mobilizado ao qual se aplicam outros sistemas de
manutenção do solo, neste caso o olival era gerido com uma pastagem sob-coberto à data
do início da experiência. A partir desta base estabeleceram-se mais dois tratamentos,
designadamente mobilização e aplicação de um herbicida não seletivo à base de glifosato.
Em cada um dos três talhões marcaram-se 10 árvores homogéneas em termos de tamanho
da copa.
Após 11 colheitas, excluindo a do primeiro ano em que as produções foram
equivalentes, as produções acumuladas atingiram os valores 187, 143 e 89 kg de azeitona
por árvore, respetivamente nos talhões glifosato, mobilizado e mantido com pastagem. No
estado nutritivo das árvores não tem havido diferenças significativas entre tratamentos,
parecendo o que a maior exportação de nutrientes na azeitona no talhão glifosato é
equilibrada pela facilidade de absorção de nutrientes pelo desenvolvimento radicular à
superfície e pela ausência de vegetação herbácea neste tratamento. A partir dos solos tem-se
verificado uma tendência para a redução da matéria orgânica no talhão com glifosato
relativamente ao talhão com pastagem. No talhão mobilizado ocorreu redução do teor de
matéria orgânica na camada superficial 0-10 cm e incremento na camada 10-20 cm em
comparação com os outros tratamentos, provavelmente devido ao fato da mobilização
conduzir os detritos vegetais para maior profundidade.