Efeito de datas de sementeira e doses de azoto em colza cultivada em sequeiro
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A colza tem sido uma cultura em forte expansão em vastas regiões do globo. Portugal não tem tradição no cultivo da colza. Contudo, atendendo aos preços bastante favoráveis do grão, tem começado a ser cultivada em regadio no sul do país. Na região mediterrânica, a colza é uma cultura de outono-inverno, apresentando, contudo, os estados fenológicos até à floração bastante avançados relativamente aos cereais de inverno, o que lhe dá uma vantagem considerável se cultivada em sequeiro. Em Trás-os-Montes, onde não há infraestruturas de regadio, a colza tem vindo a ser ensaiada com resultados promissores e tem sido proposta aos produtores como cultura de sequeiro, embora até ao presente sem êxito. Neste trabalho reportam-se resultados de mais uma experiência em que se ensaiaram datas de sementeira em fatorial com doses de adubação azotada. As sementeiras foram efetuadas em 25 de setembro, 16 de outubro e 14 de novembro. As doses de azoto foram (fundo + cobertura): 150 (25 + 125) kg ha-1; 100 (25 + 75) kg ha-1; 50 (25 + 25) kg ha-1, e testemunha, sem fertilização azotada. A experiência produziu resultados inequívocos, tendo sido registadas as produções de 6190, 2749 e 1227 kg ha-1, respetivamente nas datas de sementeira de 25 setembro, 16 outubro e 14 novembro, para a dose de azoto mais elevada. Doses crescentes de azoto melhoraram a produção em todas as datas de sementeira. Em 20 de fevereiro, no fim da fase roseta, a diferença de matéria seca (MS) acumulada nas plantas da sementeira precoce era já abismal comparada com a das sementeiras tardias (4769, 282 e 16 kg MS ha-1 na sequência cronológica das datas de sementeira). Esta diferença nunca mais foi recuperada nas fases reprodutivas mesmo nas modalidades com doses de azoto elevadas. Assim, em sequeiro uma sementeira precoce parece ser uma estratégia determinante na viabilidade económica da cultura.