Estratégias de rega deficitária na vinha em regiões de clima Mediterrânico
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Nas regiões de clima mediterrânico, em que a cultura da vinha tem uma grande
expressão em termos de área cultivada e importância económica, as secas sazonais que
ocorrem durante parte do ciclo vegetativo da videira são frequentes e exercem um enorme
constrangimento quer na produção quer na qualidade. Com o objectivo de contrariar as
quebras de produção e da qualidade da uva, resultantes do decréscimo do teor de água
disponível no solo, do aumento das temperaturas e do défice de pressão de vapor de água da
atmosfera, que se acentuam ao longo do período estival, têm-se vindo a introduzir, na
generalidade das regiões vitícolas mediterrânicas, a prática da rega na vinha.
A videira responde muito marcadamente aos diferentes regimes hídricos em todas as
etapas do seu ciclo vegetativo. Uma rega excessiva pode conduzir a um aumento do vigor e da
densidade foliar com consequências ao nível das características da uva diminuindo o seu teor
em açúcares, intensidade da cor e compostos fenólicos e aumentando a acidez. No entanto, a
aplicação de regas moderadas pode conduzir a um aumento da produção mantendo a
qualidade ou mesmo incrementando-a. Este compromisso entre a necessidade de assegurar o
rendimento dos viticultores e manter ou melhorar a qualidade da produção, num contexto de
escassez de água e da necessidade de a gerir de uma forma mais eficiente, tem levado à
implementação de diferentes estratégias de rega deficitária na cultura da vinha.
Neste trabalho descrevem-se as diferentes estratégias de rega deficitária que têm vindo
a ser implementadas na cultura da vinha e apresentam-se os resultados de um caso de estudo
sobre influência da aplicação de rega de deficitária no comportamento fisiológico e agronómico
da variedade Tinta Roriz, levado a cabo na Região Demarcada do Douro durante os anos de
2006 a 2008.