Controlo das descargas de instalações industriais potencialmente contaminadas por metais tóxicos usando musgos aquáticos
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Experiências laboratoriais foram realizadas para estudar a
bioacumulação/eliminação e a biossorção de Cd, Cr, Pb e Zn
pelo musgo aquático F. antipyretica. A remoção de metais
tóxicos de efluentes tem sido levada a cabo recorrendo a
diversas técnicas, dispendiosas e/ou pouco eficientes para
soluções diluídas. A biossorção, processo em que materiais
naturais ou seus derivados são usados na remoção e
recuperação de metais tóxicos, tem demonstrado constituir um
tratamento alternativo competitivo, pelo que os respectivos
parâmetros cinéticos e de equilíbrio devem ser bem
conhecidos, de modo a prevenir fracassos na sua aplicação.
Os musgos relativamente a uma amostragem direta da água
permitem uma integração de variações no espaço e no tempo,
favorecem o nível de quantificação do contaminante por
concentração dos elementos tóxicos e fornecem informação
acerca das espécies biodisponíveis. Foram realizadas
experiências em contínuo para determinar as cinéticas de
acumulação e libertação de metal pelo musgo. Um modelo
cinético de transferência de massa de 1ª ordem foi ajustado
aos resultados experimentais, sendo determinados fatores de
bioconcentração, BCF e de eliminação biológica, BEF.