Flores comestíveis como fonte de nutrientes e compostos bioativos
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Hoje em dia assiste-se a uma preocupação generalizada por parte dos consumidores
em torno de uma alimentação mais cuidada que combine novos ingredientes com
possíveis efeitos benéficos na saúde [1]. As flores comestíveis providenciam novas
cores, texturas e um carisma próprio a variadíssimos pratos e, para além do seu efeito
glamoroso, podem constituir fontes alternativas de compostos bioativos [2].
No presente trabalho, as pétalas comestíveis das plantas Dahlia mignon, Rosa canina
L., Calendula officinalis L. e Centaurea cyanus L. (Fig. 1), fornecidas pela empresa
RBR Foods (Portugal), foram caracterizadas em termos de macronutrientes, valor
energético e perfil individual em ácidos gordos e tocoferóis (GC-FID e HPLCfluorescência,
respetivamente). As pétalas e respetivas infusões foram ainda
caracterizadas relativamente à sua composição em açúcares solúveis e ácidos
orgânicos (HPLC-RI e HPLC-DAD, respetivamente). Os hidratos de carbono foram os
macronutrientes mais abundantes, seguidos das proteínas e cinzas. Os ácidos gordos
polinsaturados predominaram sobre os ácidos gordos saturados, principalmente
devido à presença de ácido linoleico. As pétalas de C. officinalis apresentaram a maior
concentração em tocoferóis, principalmente α-tocoferol. Relativamente aos açúcares,
frutose, glucose e sacarose foram identificadas em todas as pétalas e respetivas
infusões. As pétalas de rosa e a infusão de calêndula apresentaram maiores teores
de ácidos orgânicos, principalmente devido à presença dos ácidos málico e quínico,
respetivamente. Estes resultados demonstram o potencial de flores comestíveis para
serem regularmente introduzidas na dieta alimentar.
À FCT pelo apoio financeiro ao CIMO (PEst-OE/AGR/UI0690/2015), L.
Barros e M.I. Dias (SFRH/BPD/107855/2015 e SFRH/BD/84485/2012, respetivamente).